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Mulheres trans de Salvador buscam espaço na política

Genilson Coutinho,
07/03/2020 | 15h03

Neste domingo (8), Dia Internacional da Mulher, além de ser um dia festa para celebrar a data, é também dia de reflexões, trocar planos e de pensar no futuro. E é neste ritmo e com desejo de mudanças, que Thifany Odara e Paulette Furacão, duas mulheres trans ativistas da causa LGBTQI, estão em busca de novos rumos e melhorias para a comunidade trans na capital baiana.

Dez mulheres trans que você precisa conhecer

É neste meio de luta e representatividade que elas vão entrar na disputa para uma vaga no Legislativo Municipal, no próximo pleito.
Aos poucos elas vão começando as suas estratégias, em meio às decisões políticas dos seus partidos.

As pré candidatas concordam em um ponto: que é urgente a presença de LGBTQI na Câmara, para atender às demandas da pauta que elas defendem.
De acordo com Paulette, é uma luta dura: ”principalmente por serem mulheres negras periféricas e transexuais, e isso já não é fácil. Precisamos lutar todos os dias com a mesma garra e desejo de mudança”.

Para Tiffany, esse é um momento de novos desafios, e revela o porquê da decisão da política. “Estou na disputa da pré canditadura pelo Psol ainda. Sair da invisibilidade imposta por uma sociedade a que todo momento trama contra nossa existência, ter voz, força no país que mais mata mulheres trans no mundo. Romper com a hegemonia cis’ branca’ hetero ‘normativa’.
Por isso lutemos para que corpos marginalizados sejam potência para garantia de direitos”, declara ela.

Já para Furacão, a sua decisão vem no momento de lutar por mudanças e visibilidade. “Lutamos para a visibilidade do movimento nos espaços de poder, além de construção de leis que possam suprir os anseios do segmento TT”, revela ela.

Essas são algumas histórias de mulheres guerreiras da nossa cidade que buscam dia a dia a mudança.