Técnico tira time de campo ao denunciar homofobia contra jogador gay

Genilson Coutinho,
05/10/2020 | 22h10

Landon Donovan, um dos maiores jogadores de futebol dos Estados Unidos, com experiência em ligas europeias, voltou ao noticiário nesta semana, agora como treinador, ao tirar seu time, o San Diego Loya

de campo após denunciar que um de seus jogadores foi vítima de uma ofensa homofóbica. A confusão ocorreu na última quarta-feira, 30, em jogo válido pela United Soccer League (USL), equivalente à segunda divisão do país.

A polêmica aconteceu pouco depois do intervalo, quando o meia Collin Martin, que é assumidamente gay, alegou ter sido chamado de “batty boy”, uma gíria jamaicana depreciativa em relação a homossexuais

por Junior Flemmings, do Phoenix Rising. Donovan, então reclamou ao árbitro, cobrando expulsão do adversário, e também com o treinador do Phoenix. “Precisamos acabar com isso, é homofobia”, protestou o ex-jogador do Bayern Leverkusen, Bayern de Munique e Everton.

Donovan, que também é vice-presidente executivo da equipe, não aceitou as justificativas do árbitro, que disse não ter compreendido a suposta ofensa, e, a pedido dos atletas, decidiu tirar o San Diego

Loyal de campo – o time vencia por 3 a 1. “Nossos rapazes, com todos os méritos, disseram que não vamos tolerar isso. Eles foram muito claros naquele momento e disseram que abriríamos mão

esperanças de chegar aos playoffs, embora estivéssemos vencendo um dos melhores times da liga com folga ”, disse Donovan em um vídeo divulgado nas redes sociais do San Diego Loyal. “Eles disseram que que não importa. Existem coisas mais importantes na vida e temos de defender aquilo em que acreditamos.”