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Papa Francisco diz a pais de crianças homossexuais que ofereçam apoio aos filhos sem ‘condenação’

Genilson Coutinho,
26/01/2022 | 13h01
Papa Francisco em audiência geral em 26 de janeiro de 2022 — Foto: Remo Casilli/Reuters

Papa Francisco pediu nesta quarta-feira (26) que as crianças não sejam condenadas por sua orientação sexual pelos seus pais.

“Pais que veem orientações sexuais diferentes nos filhos, lidem com isso e acompanhem os filhos, e não se escondam no comportamento de condenação”, disse o pontífice. “(…) a esses pais, eu digo que não se espantem (…) nunca devem condenar um filho”.

A afirmação ocorreu durante a audiência geral com fiéis, no Vaticano, em um momento de improviso, no qual o líder da Igreja Católica falava sobre as dificuldades da paternidade.

O Papa Francisco já demonstrou ter interesse em dialogar com católicos LGBTQIA+, geralmente suas mensagens são a respeito de acolher esses fiéis.

No ano passado, o Papa afirmou que pessoas homossexuais têm o direito de serem aceitos por suas famílias, como filhos e irmãos.

Ele também já defendeu, ainda que a Igreja não reconheça o casamento entre pessoas do mesmo sexo, que a união civil é um direito de todos.

Em 2018, o Pontífice já havia falado contra a condenação de crianças homossexuais, que os pais deveriam dar espaço para suas crianças para que elas pudessem se expressar.

Problema de saúde

Também nesta quarta, o Papa anunciou que está com uma inflamação no joelho que o impediu de caminhar para a tradicional saudação aos fiéis, ao término da audiência geral semanal no Vaticano.

“Hoje não vou passar entre vocês para cumprimentá-los, porque estou com um problema na perna direita. Estou com um ligamento do joelho inflamado”, explicou o pontífice argentino aos fiéis que assistiam à audiência.

Francisco, que em março completa nove anos de pontificado, tem problemas no nervo ciático, algo que lhe causa fortes dores. Em julho passado, foi submetido a uma delicada operação no cólon.

Seu estado de saúde costuma ser alvo de rumores no Vaticano, sobretudo, de seus críticos.

Durante a audiência, o líder católico também rezou pela paz na Ucrânia.