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“Não quero me tornar cover, mas quero a minha própria identidade”, diz Alehandra Della Vega

Genilson Coutinho,
31/05/2016 | 10h05

Aos 13 anos, o estudante Renato Carvalho, 19, que dá vida à estrela Alehandra Della Vega, já se sentia seduzido pela arte do transformsimo, sonho que só em 2014 se concretizou, com a sua participação em um concurso de beleza comando por Ferah Sunshine. “Foi dali que fortaleci meu sonho. Após essa fase, passei a me montar com o toque da minha fada madrinha, Ferah, que deu como sugestão para minha identidade como androginia, a partir deste momento encontrei meu foco, e os projetos e sonhos ganharam vida”. Sobre a semelhança com Grace, ela ressalta que fez uma homenagem, mas que não pretende ser cover, mas sim, fazer o seu trabalho com diversos olhares. Na correria dos shows, Alehandra arrumou um tempo para conversar com nossa equipe .

O carinho com a madrinha

Dois Terços: Como surgiu a vontade de fazer shows de transformismo?

Alehandra Della Vega: Desde os meus 13 anos, ando no meio LGBT e sempre via a arte do transformismo e parece que havia uma ligação que me conectava a essa arte, daí me montei pela primeira vez no Beco dos Artistas.

DT: Quem amadrinhou você no mundo do show?

AD: Em 2014, já com um ano me montando, tive a vontade de participar de um concurso de miss e procurei FERAH SUNSHINE, que me ajudou na produção. Desde então ela me ajuda e, além disso, viramos grandes amigos.

DT: Como surgiu o convite para este show em homenagem a Grace Jones?

AD: No final de 2014, após a grande experiência do concurso de miss (com a qual me identifiquei), Ferah me sugeriu seguir a linha andrógina. A partir disso, então, as pessoas começaram a sugerir que eu fizesse uma homenagem a Grace Jones. Até que, um dia, recebi um convite da P11 para fazer um tributo à cantora.

DT: Você se parece muito com a cantora Grace Jones. Gosta disso? Aproveita dessa semelhança para seus shows?

AD: Sim, gosto muito da comparação. Mas não quero me tornar cover ou algo do tipo. Quero minha própria identidade.

DT: Além de Grace Jones, você também faz performances de outras cantoras?

AL: Não, mas sei que oportunidades para interpretar outras cantoras virão.

DT: Você só faz show performance ou também interpreta músicas românticas e lentas?

AD: Não, faço todo tipo de performance e estilos, mas o meu forte é a música drag.

DT: O que você espera do mundo do show e quais seus planos para o futuro?

AD: Espero mais valorização e que haja mais oportunidades para que eu possa mostrar meu trabalho!