Cinema

No Circuito

“Lucy”: Morgan Freeman lança novo filme e diz que nem pensa em aposentadoria

Genilson Coutinho,
24/08/2014 | 10h08

lucy

Aos 77 anos de idade, o ator americano Morgan Freeman não pensa em se aposentar. O próximo filme dele, “Lucy”, estreia no Brasil na semana que vem.

No lançamento em Nova York, ele conversou com o Jornal da Globo sobre o seu novo trabalho, a carreira em Hollywood, política e até futebol.

Morgan Freeman é daqueles atores que já se transformaram em mito. Mas de perto é um sujeito que te deixa à vontade. Ele perguntou ao repórter: “De onde você é mesmo?”. E ironiza o Brasil, dizendo: “Eu sinto muito pelo que aconteceu com vocês outro dia. Acho que todos os brasileiros estão de luto. Eu vi uma mulher com lágrimas escorrendo pelo rosto”.

Pois é, até o senhor Freeman ficou sentido com a goleada que tomamos na Copa. Com mais de quatro décadas de carreira, Morgan é um dos atores mais rentáveis de Hollywood. Seus filmes já faturaram o equivalente a R$ 16 bilhões em todo o mundo.

Aos 77 anos, ele acaba de estrear mais um: “Lucy”, uma mistura de ação e ficção científica, escrito e dirigido pelo francês Luc Besson. Morgan ficou conhecido do grande público no Brasil em 1989 no filme “Conduzindo Miss Daisy”. Ele é hoke, o motorista de uma senhora judia.

O repórter pergunta do que ele se lembra das gravações do longa-metragem vencedor do Oscar.

“Eu adoro esse filme. Jéssica Tandy era uma atriz fascinante. O primeiro carro que usamos era um Hudson 1949 com uma transmissão horrível e que não dava ré. Sempre que dirigia na gravação, eu tinha que dar a volta toda no quarteirão. Isso eu não esqueço”, conta Freeman.  Morgan foi indicado ao Oscar de melhor ator por “Conduzindo Miss Daisy”, mas o prêmio só chegou anos depois, em 2005, na categoria de ator coadjuvante, por “Menina de Ouro”, de Clint Eastwood.

O repórter Hélter Duarte pergunta se o Oscar teve algum impacto na carreira dele. “De modo algum. Um dos grandes problemas que eu acredito existir quando alguns atores jovens quando ganham ou são indicados ao oscar é que eles pensam: ‘ok, agora minha carreira decola pra valer’. Mas frequentemente isso não acontece”, relata.

Morgan é desses que gostam de participar da vida política do país. Em 2012, ele fez um anúncio a favor do casamento gay e apoiou a reeleição do presidente Barack Obama.

Questionado se acha que Obama está fazendo um bom trabalho, na hora um assessor interrompe a entrevista e diz: “Ele não fala sobre política aqui”. Mas morgan, com toda calma e gentileza, responde: “Eu acho, sim, que ele está fazendo o melhor que pode dentro das circunstâncias que enfrenta”.

Para terminar, ele manda um recado para os fãs: “Aposentadoria não é parte do meu futuro de jeito nenhum”.

Entrevista exibida no Jornal da Globo da última quinta-feira (21)