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Genilson Coutinho abre exposição sobre violência LGBT+ no Museu Histórico de Jequié

Redação,
15/08/2025 | 22h08

Nesta sexta-feira (15), o fotógrafo e editor-chefe do Dois Terços, Genilson Coutinho, abriu a exposição “Até Quando?” no Museu Histórico de Jequié, na Bahia. A mostra traz questionamento de pessoas LGBTQIA+ aos diversos casos de violência contra a comunidade. A exposição, que retrata a importância do combate a LGBTfobia no país, fica aberta ao público até o dia 28 de setembro.

Cada imagem traz a história de uma vida perdida para LGBTfobia, apresentando a história familiar e o impacto das dores causadas pelas perdas. Na exposição, o público vai poder conhecer o primeiro caso de homofobia documentado no Brasil, em 1614, com a execução do indígena Tibira do Maranhão, tema de livro lançado em 2014 pelo antropólogo e fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luíz Mott. Tibira do Maranhão foi executado com um tiro de canhão em 1614, por ser homossexual. O indígena da etnia tupinambá teve seu destino definido por lideranças religiosas católicas em missão no Brasil.

Na exposição, também há referências à morte do estudante Itamar Ferreira, na fonte da Praça do Campo Grande; ao assassinato da artista transformista Andressa Larmac, nas proximidades da Estação da Lapa; e à morte de Teu Nascimento na sua residência, em Cajazeiras. Além desses crimes ocorridos na capital baiana, a mostra retrata o assassinato do jovem ativista Alex Fraga, em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador.

A curadoria da exposição é do professor Leandro Colling, que faz parte do Núcleo de Pesquisa e Extensão em Culturas, Gêneros e Sexualidades (NuCus) do Instituto de Humanidades da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A exposição foi contemplada nos Editais da Política Nacional Aldir Blanc Bahia e tem apoio financeiro do Governo do Estado da Bahia, por meio da Secretaria de Cultura do Estado via PNAB, direcionada pelo Ministério da Cultura – Governo Federal.