A luta contra o preconceito em relação aos transgêneros (pessoas que não se identificam com o próprio sexo biológico) ganha reforço no cinema. A exposição Cores e Flores Para Tita, de Andréa Magnoni, inspira um documentário de Susan Kalik. A ideia da mostra surgiu como uma homenagem da fotógrafa ao tio Renato Tita, que era trans, sofreu com a intolerância e se suicidou aos 15 anos. Para o filme, foram entrevistadas mais de 15 pessoas. “Elas deram depoimentos sobre suas vidas. Contaram, por exemplo, como se descobriram transgêneras, relataram momentos de luta, de preconceito, de felicidade…”, diz a diretora. Será o primeiro longa da cineasta. “Ele terá também uma carga política. Queremos discutir o que se entende, hoje, por feminino e masculino”
O longa contará com trilha sonora original, assinada pelo músico Peter Marques, filho de Susan Kalik. O marido da cineasta, Thiago Gomes, também participa do projeto, como diretor-assistente e editor. “É tudo em família”, Susan ri. A ideia é lançar o documentário em setembro. “Vamos inscrevê-lo em alguns festivais”.