Voluntário de instituição beneficente reclama de falta de apoio dos órgãos públicos
Do A Tarde
Com as medidas de isolamento social, a Defensoria Pública do Estado da Bahia (DPE-BA) solicitou, em maio deste ano, que a Secretaria municipal de Reparação de Salvador (Semur) fizesse a entrega, mês a mês, de novas cestas básicas para profissionais do sexo em Salvador. Entretanto, de acordo com o educador social Silas Freitas, isso não tem acontecido.
O voluntário da Instituição Beneficente Conceição Macedo (IBCM), uma organização sem fins lucrativos que desde 1989 atua na prevenção do HIV/Aids, revelou ao programa ‘Isso é Bahia’, da rádio A TARDE FM, que apenas uma distribuição foi feita, em junho.
“Uma cesta básica dura em média 15 dias. De junho pra cá a gente tem buscado essa auxilio, nós ligamos, mandamos ofício. Temos saído toda quinta-feira para realizar a distribuição de preservativos e equipamentos de proteção e a gente percebe a necessidade, a demanda que existe por esses alimentos”, contou Silas.
No mês de junho, a prefeitura de salvador destinou 44 cestas básicas a estás profissionais do sexo assistidas pela IBCM. Ainda conforme Freitas, o IBCM mapeou 66 profissionais que trabalham nas ruas de Salvador.
“A gente tem identificado pouca resposta, pouca ação os órgãos públicos”, completou o voluntário. Em nota, a Secretaria de Promoção Social e Combate à Pobreza (Sempre), informou à A TARDE FM, que só tem autorização em fazer compras de cestas básicas para as categorias listadas por lei pelo ‘Salvador Por Todos’.
O programa ‘Salvador Por Todos’ foi criado pela prefeitura para de garantir aos cidadãos que não têm emprego formal as condições mínimas de sobrevivência, diante da pandemia de coronavírus. Profissionais do sexo não estão listadas nas categorias atendidas pelo auxílio. A Semur também foi procurada, entretanto, até o momento, não respondeu ao contato.
Sobre a IBCM
A IBCM tem como missão a redução da vulnerabilidade ao HIV/AIDS, especialmente da população de rua e da população em situação de maior risco social, a prevenção e adesão ao tratamento, a segurança alimentar e ao combate a todas as formas de discriminação.
A instiuição prioriza o trabalho com pessoas portadoras de HIV/AIDS, mulheres chefes de família, jovens, negras, portadoras de deficiência física ou mental, de declarada identidade homossexual, obesas, egressas de estabelecimentos prisionais e profissionais do sexo.
Quem quiser ajudar com doações ou saber mais sobre o trabalho realizado pela IBCM, pode entrar em contato pela página no instagram @crecheibcm, ou pelo telefone 71 3450-9759.