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Miss Brasil Gay não acontecerá em 2015

Genilson Coutinho,
26/08/2015 | 10h08
Em 2010 Shayene Kathryn representante da Bahia ficou com o 2º lugar. (Foto: Genilson Coutinho)

Em 2010 Shayene Kathryn representante da Bahia ficou com o 2º lugar. (Foto: Genilson Coutinho)

Há dois anos o mês de agosto não é mais o mesmo em Juiz de Fora. Perdeu-se o brilho, o glamour e as plumas que desfilavam pela tradicional e concorrida passarela do Miss Brasil Gay  considerado o maior e mais importante concurso de beleza gay do país. A última edição foi em agosto de 2013, no Cine-Theatro Central, quando marcou a edição 36 do evento e elegeu a representante do Espírito Santo, Sheila Veríssimo . Em 2014, a não realização do evento foi informada em julho. Em entrevista ao Portal ACESSA.com, a irmã do idealizador do evento, Maria Alice Motta, afirmou que os empresários fecharam as portas para o concurso. “É um evento muito caro e não conseguimos patrocínio para a realização. Além disso, a mudança de local também atrapalha muito. O evento era melhor no Sport Club, mas como ele está interditado o concurso perde o brilho sendo no teatro”, conta.

Raika Bittencourt Miss 2011 (Foto: Genilson Coutinho)

Raika Bittencourt Miss 2011 (Foto: Genilson Coutinho)

Maria Alice completa que esse cenário deixa o irmão e idealizador do evento, o cabeleireiro Chiquinho Mota, ainda mais deprimido. “Como ele está com problemas de saúde, a falta de apoio piora ainda mais a saúde dele. O Miss sempre deu retorno financeiro para Juiz de Fora, porém, a cidade não abraçou essa causa”, lamenta.

Sheila Veríssimo Miss 2013 continua com o titulo até a próxima edição (Foto: Genilson Coutinho)

Sheila Veríssimo Miss 2013 continua com o titulo até a próxima edição (Foto: Genilson Coutinho)

Tradição

O concurso nasceu de uma brincadeira entre amigos em 1977 e, ao longo dos anos, foi crescendo. Na época a Escola de Samba Juventude Imperial passava por uma crise e, para ajudar a agremiação, Chiquinho Mota criou o evento, que se tornou oficial e passou a acontecer todos os anos, sempre em agosto. O evento foi incluído como 4º Registro Imaterial do município, de acordo com o Registro de Bens Imateriais de Juiz de Fora – Decreto nº 9275, 14/08/07.

Foto: Genilson Couinho

Foto: Genilson Couinho

Em 2017, o Miss Brasil Gay completa 40 anos. “A ideia era fazer o evento este ano para angariar fundos para a festa de 40 anos. Seria um marco para a cidade, que até o momento não temos esperança de realizar”, conclui Maria Alice. “Ser uma Miss Brasil Gay é muito mais do que ser o mais belo transformista do país é, principalmente, ter consciência de toda essa história”, finaliza, Sheila.Com informações do portal Acessa.