Embaixadora brasileira discute com Jean Wyllys em painel da ONU

Genilson Coutinho,
16/03/2019 | 00h03

Um evento na ONU, em Genebra, teve uma intensa discussão entre Maria Nazareth Farani Azevedo, embaixadora do Brasil, após se recusar a escutar uma resposta do ex-deputado Jean Wyllys (PSOL). As informações são do jornalista Jamil Chade, do UOL.

 Jean Wyllys, convidado para falar em um debate sobre o populismo no mundo, comentou sobre uma suposta relação entre o crime organizado e o governo brasileiro, usando o assassinato da vereadora Marielle Franco como exemplo. “Novos autoritarismos, como o do Brasil, continuam elegendo inimigos internos da nação por meio da difamação e constituindo grupos para culpa-los pelos problemas econômicos”, afirmou o ex-parlamentar que saiu do Brasil após sofrer ameaças de morte.

Maria Nazareth Farani Azevedo, embaixadora do Brasil na ONU, não estava na sala no momento deste discurso, segundo Jamil Chade, e não esteve em nenhum dos eventos organizados para tratar da situação no Brasil. Nesta sexta-feira (15), de acordo com o jornalista, ela entrou no local após o evento começar e chegou a intervir no meio das falas dos demais membros do painel de debate.

Ao se aproximar do fim do evento, a embaixadora pediu a palavra para a moderadora. “Bolsonaro não abandonou o Brasil, mesmo depois de ter levado uma tentativa real de tirar sua vida”, afirmou Maria Nazareth.

A embaixadora já representou governos passados, mas fez comentários negativos sobre os mesmos em sua fala. “Não é um criminoso e seu governo não é uma organização criminosa”, disse sobre o presidente Jair Bolsonaro.