Amor de mãe vence barreiras do preconceito

Genilson Coutinho,
18/04/2011 | 00h04

O portal IBahia iniciou essa semana uma  serie de reportagem sobre os dias das  mães como forma de homenagear essas mulheres fantásticas e contar um pouco dos  desafios e dos amores deste mães por seus filhos.

A jornalista Andrezza Nicolau brilhantemente trás no espacial dia das mães a Historia de Maria Luiza e de João Barreto ,  jornalista do site Dois Terços que contam as suas historias de cumplicidade e amor.

Ser mãe de um homossexual é absolutamente normal e igual a qualquer relação de mãe e filho. Infelizmente não são todos que pensam assim. O preconceito ainda é grande, mesmo com os avanços dos últimos anos. Grande parte dos homossexuais vive o drama de serem rejeitados dentro de casa, e precisam encarar essa situação sozinhos.

João Barreto, 26 anos, sabe bem como é ser rejeitado por conta da sua condição sexual. Mas diferente de muitos, tem uma mãe que é sua maior apoiadora e amiga. Maria Luiza explica que tem uma relação muito forte com o filho. São amigos, são companheiros. Saem juntos e trocam confidências.

A mãe soube da homossexualidade do filho quando ele tinha 19 anos. “Ele morava na casa da tia e eu morava e trabalhava no interior. Sempre que nos falávamos por telefone eu achava que havia algo estranho. Ele não me falava nada e  minha irmã era reticente. Tirei férias e vim para Salvador, e aí fiquei sabendo. Ele contou para minha irmã, que contou para o marido, que armou o maior escândalo”, conta.

Maria Luiza explica que a descoberta foi traumática, não pelo fato do filho ser homossexual, mas pela forma que aconteceu. “Minha irmã traiu a confiança dele, e a minha, principalmente por ela saber que o marido era muito machista. Mas foi bom que isso tenha acontecido quando eu estava aqui, pois pude dar todo o apoio que meu filho precisava. Este episódio fortaleceu ainda mais a nossa amizade, o carinho e o respeito que eu tenho por ele e ele por mim”.

A mãe se denomina como “coruja”, amiga, parceira, confidente. E ressalta que esse preconceito não pode existir, muito menos vindo de uma mãe, pois ela afirma que ninguém escolhe ser gay, já nasce assim. “Nós vamos a festas, cinemas, teatros, museus. Quando ele está namorando, o companheiro dele frequenta a nossa casa, passa fim de semana, feriados. Temos uma relação familiar muito normal e sadia”, ressalta.

Fonte: Portal Ibahia.

Confira aqui essas e outras entrevista especiais sobre o dia das mães.

http://www.portalibahia.com.br/diadasmaes/?p=794