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Vinte e cinco filmes compõem a Competitiva Baiana do Panorama no seu retorno às sessões presenciais

Genilson Coutinho,
25/11/2021 | 13h11
Genocídio e movimentos| Foto: Lena Azevedo

Vinte e cinco filmes compõem a Competitiva Baiana do XVII Panorama Internacional Coisa de Cinema, que acontece de 1º a 8 de dezembro e marca o retorno às sessões presenciais seguidas de debates, que acontecerão no Cine Metha – Glauber Rocha (em frente à Praça Castro Alves). O festival terá formato híbrido, com quase toda a programação disponível também no site panorama.coisadecinema.com.br, ainda em construção. 

Cinco longas-metragens e 20 curtas de diferentes gêneros e estilos foram selecionados, criando um amplo cenário do cinema realizado no estado nos últimos dois anos. “Todos os longas selecionados são documentários, um reflexo da paralisação em larga escala do cinema nacional. Isso não impediu que os realizadores elaborassem filmes potentes”, comenta Marília Hughes, coordenadora do festival e uma das responsáveis pela curadoria. 

“São longas que tratam, de forma criativa e inovadora, desde o genocídio do povo preto, passando por aspectos culturais e religiosos que nos definem como um lugar com determinadas especificidades, até assuntos de ordem mais subjetiva e pessoal. Cada filme lança mão de uma estratégia, uma abordagem, e compõe uma pequena mostra de um cinema extremamente inventivo”, analisa Marília. 

O valor dos ingressos e a programação das sessões presenciais e on-line serão divulgados em breve. Uma realização da produtora Coisa de Cinema, o festival conta com patrocínio do Instituto Flávia Abubakir e apoio financeiro  do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda e Secretaria de Cultura da Bahia.

Fundo de Cultura da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura em articulação com as Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, geralmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. Modelo de referência para outros estados da federação, o FCBA está estruturado em quatro linhas de apoio: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Cultural; Fomento Setorial.

Confira os filmes da Competitiva Baiana:

LONGAS

  • Açucena – Isaac Donato
  • Àkàrà no fogo da intolerância – Claudia Chávez
  • Genocídio e movimentos – Andreia Beatriz, Hamilton Borges dos Santos e Luis Carlos de Alencar
  • Nós – Letícia Simões
  • Qual a cor do trem? – Rodrigo Carvalho e Deniere Rocha

CURTAS

  • Adé – Marcelo Ricardo 
  • Afeminados – Charles Morais
  • Casa de farinha – Saulo Sâncio
  • CEGO_CIDADE – Kauan Oliveira
  • Gelo na chapa – O terceiro olho que o fantasma que me deu – Ramon Mota Coutinho
  • IauaraeteXan Marçall
  • In-passe – Claudio Machado e Henrique Filho
  • Mãe solo – Camila de Moraes
  • Mamãe! – Hilda Lopes Pontes e Klaus Hastenreiter
  • Maria Quitéria honra e glória – Antonio Jesus da Silva
  • Meia lata d’água ou lagarto camuflado – Plínio Gomes
  • O último grão de areia – Marcos Alexandre
  • Palhaços do Rio Vermelho – O curta – Lilih Curi
  • Pele manchada – Victor Mota
  • Quantos mais? – Lucas de Jesus
  • Quilombo Corcovado – Ancestralidade – Rafael Lage
  • Redundância – Wayner Tristão 
  • Um transe de dez milésimos de segundos – Jamile Cazumbá 
  • Via Láctea – Thiago Almasy
  • Voyá – Fanny Oliveira