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Transgênero: apoio familiar pode amenizar sofrimento durante processo de transição

Redação,
16/08/2017 | 11h08

Ela gosta de camisetas folgadas, calças largas e as características do universo feminino são indiferentes no seu dia a dia. Biologicamente mulher, Gabriel Giffoni, de 25 anos, descobriu que, na verdade, é ‘ele’: um transgênero. O termo, que pode ser confuso para muitos, se refere a uma pessoa que não se identifica com o corpo que nasceu. Ou seja, apesar de ter órgão sexual feminino, não consegue se enxergar como mulher.

Segundo o psicólogo e diretor da Clínica Fênix, Joaquim Moura, apesar de ser complexa, a questão pode ser definida de maneira objetiva. “A identidade de gênero vai muito além do órgão sexual; está diretamente relacionada ao fator psicológico e social”, afirma. Ainda de acordo com o especialista, até o indivíduo chegar à conclusão que é ‘trans’, a caminhada, em busca da aceitação, pode ser dolorosa.

O processo, chamado de ‘travessia’, pode incluir a mudança de sexo e/ou tratamento hormonal, o que provoca estranhamento social, entre a própria família e com amigos. “Quando alguém foge dos padrões de gênero pré-estabelecidos, muitas vezes a alternativa encontrada é se reprimir, afetando a saúde mental, principalmente quando não há o apoio de entes queridos”, detalha Joaquim Moura, informando que, nesse caso, a recomendação é buscar ajuda de um psicólogo.

 Meu filho é trans! E agora?

  1. Crie o seu filho em um ambiente em que o diálogo seja a palavra-chave;
  2. Coloque-se no lugar dele;
  3. Não o reprima;
  4. Entenda que não há nenhum problema em ser trans, mas sim na forma como a sociedade enxerga isso;
  5. Informe-se sobre o assunto;
  6. Caso necessário, busque apoio de profissionais especializados e na escola;
  7. Mantenha-se próximo de pessoas que estão passando pela mesma situação;
  8. Demonstre sempre o amor pelo seu filho, fazendo com que ele se sinta acolhido.