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Torcedores se mobilizam por bandeira LGBTQIA+ na arena do Palmeiras

Genilson Coutinho,
03/11/2020 | 10h11

Era Camila, João Vitor e Mariana. Mas poderia ser José, Gabriela, Bruno ou Bruna. Todos (ou todes) os palmeirenses devem estar representados no fim da tarde desta segunda-feira no Allianz Parque, palco do duelo entre Palmeiras x Atlético-MG, pela 19ª rodada do Campeonato Brasileiro. Por iniciativa dos três primeiros, ao lado de um grupo com o total de 15 palmeirenses, o público LGBTQIA+ vai ter em breve o seu espaço em um estádio de futebol, ainda muitas vezes hostil.

Mesmo em uma arena sem público, um coletivo chamado PorcoÍris, do qual fazem parte Camila Taraborelli, João Vitor e Mariana Mendonça, se encontra sob a expectativa de ver uma bandeira do grupo na arena. A ação, que será definida pelo Palmeiras no dia do jogo, quer abraçar muito mais do que os 15 membros do grupo. O objetivo é expandir a causa, acolher e ratificar: o futebol tem espaço para todos.

— A gente está só começando um espaço. Acho que pode começar a ganhar corpo ou ter sentido quando essa união tiver algum efeito maior. Óbvio que sou grato ao Palmeiras por ter aprovado a bandeira e tomara que ela esteja lá, mas é só um começo. Ainda há um pessoal que não aceita, né? Mas nós estamos aqui, nós vamos falar de futebol e vamos torcer pelo Palmeiras — falou o engenheiro João Vitor, fundador da PorcoÍris.