No Circuito

Teatro

Sétima edição do FIAC Bahia apresenta 31 espetáculos de cinco países

Genilson Coutinho,
22/10/2014 | 14h10

fiac

Um panorama de 31 espetáculos que apresenta propostas artísticas de criadores de várias partes do mundo e do Brasil, apontando os rumos da produção contemporânea em artes cênicas. Com esse conjunto de trabalhos, o Festival Internacional de Artes Cênicas da Bahia (FIAC) chega à sua sétima edição, consolidado como o mais importante evento do gênero no Norte e Nordeste e entre os mais representativos do País.

FIAC 2014 acontece de 24 de outubro a 02 de novembro, em Salvador e, pela primeira vez, Madre de Deus, com mostra artística e atividades paralelas que se distribuem por vários espaços, teatros, casas de espetáculos, centros culturais, lugares não tradicionais e vias públicas, que se tornam palco para encenações inovadoras e de múltiplas linguagens.

Com patrocínio da Petrobras e da CAIXA e apoio financeiro do Fundo de Cultura,  Secretaria da Fazenda, Secretaria de Cultura e Governo do Estado da Bahia, o FIAC reúne montagens de diferentes contextos e realidades socioculturais, oferecendo ao público a aos artistas possibilidades de confrontos e interseções. De caráter panorâmico, o Festival reflete sobre o nosso tempo, através dos modos de produção e apreciação das artes cênicas. Os ingressos, a preços populares, custam R$16 (inteira) e R$ 8,00 (meia) e parte da programação tem entrada franca.

 

Internacional

Em sua sétima edição, o evento traz montagens de cinco países: França, Espanha, Chile, Argentina e Brasil. Da Espanha, o encenador Roger Bernard, que ocupa lugar de destaque no cenário mundial, chega com três produções: Pendiente de Voto, Domínio Público e A Sagração da Primavera, todos com uma proposta de colocar o espectador no centro da ação cênica.

Já Guillermo Calderón, do Chile, traz o espetáculo Escuela, de forte tom político, com o qual tem se destacado o teatro chileno. Lola Arias, da Argentina, apresenta Melancolía y Manifestaciones, visitando as próprias memórias para reconstruir cenicamente a imagem da sua mãe e do período da ditadura militar.

A França comparece com duas produções. A primeira é a intervenção urbana Les Scotcheurs Eclairés, do grupo Systèmes K, que “envelopa” as pessoas nas ruas, transformando suas formas em estátuas que são iluminadas à noite. Já a companhia Sacékripa mostra o espetáculo Vu, sobre as pequenas obsessões cotidianas.

Cena brasileira

Do Brasil, o FIAC apresenta produções dos estados do Piauí, Rio Grande do Norte, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia. Destaque para a carioca Cristiane Jatahy, uma das maiores encenadoras da atualidade no país, com um trabalho que propõe uma interseção singular entre teatro e cinema. Em Salvador, ela apresenta seus dois novos projetos: Júlia (a partir do texto de August Strindberg) e E Se Elas Fossem para Moscou (Anton Tchekhov).

Outro destaque da cena nacional com projeção no exterior é Marcelo Evelin, Piauí, que mostra o espetáculo de dança De Repente Fica Tudo Preto de Gente, composto para cinco performers de diferentes cidades: Teresina, Kyoto, Ipatinga, São Paulo e Amsterdã.

Completam a programação nacional: Jacy (Grupo Teatro Carmin/RN), espetáculo de teatro documentário que aborda questões humanas e a história política do estado; Serpentes que Fumam e Poéticas Urbanas (Companhia Andaime/DF), intervenções urbanas que confrontam o público com poesias transformadas em cenas, respeitando a pluralidade do cenário urbano; e Muito Mais Vida Severina (Cia. Teatro Quase Cinema/SP), que, inspirada na obra de João Cabral de Melo Neto, leva o teatro de sombras para o espaço público.

Capital e interior

A programação do FIAC 2014 reúne 13 produções baianas, de criadores e grupos de diferentes gerações e trajetórias, apresentando, num diálogo com a produção nacional e internacional, uma representativa amostra da cena local. Dois destes trabalhos são de grupos do interior do Estado: Algaravias: o Marujeiro da Lua (Cia. Olaria/Ilhéus) e Exu – A Boca do Universo (Núcleo Afro-Brasileiro de Teatro de Alagoinhas).

Os outros são da capital: As Velhas (Luiz Marfuz), Por Que Hécuba (Márcio Meirelles), Uteridades (Iami Rebouças), O Que de Você Ficou em Mim (A Outra Companhia de Teatro), Longa Jornada Noite Adentro (Companhia de Teatro da UFBA), Ouriço (Leonardo França), Gretas do Tempo (Balé Teatro Castro Alves), Fricção (Isaura Tupiniquim), Love (Jackson Costa), Pout-Pourri (Marvan Carlos) e o projeto triplo Um Piano, o Bolero e a Galinha (Huol Criações/Jacyan Castilho, Paula Lice e Igor Epifânio).

Formação

Além da mostra principal, o FIAC desenvolve atividades paralelas, realizando uma programação com oficinas, palestras, debates e ações de formação de plateia, dentre outras, sempre com objetivo de fomentar um ambiente de encontros, intercâmbios e oportunidades. Em 2014, o Festival promove o I Seminário sobre Curadoria e Mediação em Artes Cênicas, que vai discutir questões vinculadas ao trabalho do curador e mediador.

O evento ocupará o Pátio FIAC no Goethe-Institut (ICBA) durante os dias 27, 28 e 29 de outubro. Neste período de convivência serão abordados temas como: atuação do curador e/ou mediador como forma de produção de visibilidade; possibilidades de articulação com contextos e comunidades; o papel das instituições culturais na circulação de sentidos entre individualidade e coletividade; os duplos do curador: encenador, dramaturgo, diretor, produtor.

Ainda no campo das atividades formativas, o Festival promove oito oficinas artísticas em Salvador e Madre de Deus, envolvendo diversos temas (dramaturgia, dança, iluminação, clown), intercâmbio entre grupos e palestras, além de correalizar encontros e lançamento de livro.

SERVIÇO
Festival Internacional de Artes Cênicas (FIAC Bahia)
Quando: 24 de outubro a 02 de novembro
Locais: diversos
Ingressos: R$ 16,00 (inteira) e R$ 8,00 (meia) e espetáculos gratuitos


Realização: 
Realejo Projetos e 7Oito Projetos e Produções
Patrocínio master: 
Petrobras
Patrocínio: 
CAIXA