Sala VIP internacional com Ben Manson

Genilson Coutinho,
28/08/2011 | 08h08

Um dos mais badalados DJs da cena eletrônica parisiense, Ben Manson traz em sua bagagem residências em clubes como o legendário Queen e o Mix Club, ambos em Paris. Também residente da festa SCREAM de Paris, da La Demence, de Bruxelas, e do Circuit Festival By Matinée Group, de Barcelona, entre outros, o DJ é reconhecido por transformar suas apresentações em um verdadeiro caldeirão de sons eletrônicos com muito tribal, progressivo, e house-tech.

Nos últimos anos, Ben Manson também fez incurções no estúdio, lançando sua primeira produção, “From Hell To Paradise”, em 2008 pela Sunset Records. Mais recentemente ele remixou para nomes como Rene Raabe, Flavio Wariez & Clem B, e para o próprio Pagano. Seu novo EP será lançado em breve duas novas faixas: Nightmare Beautiful e Bad Dream.

Ben Manson fará a sua estreia no nordeste durante a comemoração dos 2 anos do clube San Sebastian. O DJ já esteve algumas vezes no Brasil, onde se apresentou em festas promovidas The Week São Paulo.

Dois Terços: Como você se tornou DJ?

Ben Manson: Eu sou DJ há 15 anos. Eu nasci numa família “rock ‘n roll” e quando eu era adolescente eu era fã de bandas como Nivarna, Metallica, Led Zeppelin, Sepultura ( que é brasileira) & Marylin Manson, de onde vem o meu nome. Quando eu tinha 18, eu descobri a vida noturna e a música eletrônica e me apaixonei completamente. Quando eu vi a reação das pessoas à música eletrônica, eu decidi o que eu queria fazer da minha vida.

Atração confirmada na festa dos 2 anos da San Sebastian

 

DT: O que você gosta de ouvir quando não está trabalhando?

BM: Na verdade, eu gosto de todo tipo de música, mas quando não estou trabalhando eu adoro ouvir trip-hop, como Portishead e pop, como Adele e Hurts.

 

DT: …e no Brasil?

BM: Eu toquei no Brasil três vezes, em três edições do The Week (uma em São Paulo e duas no Rio de Janeiro). A última foi no Reveillon de 2010.

 

Dois Terços: 4 – E o que acha da luta brasileira pelos direitos civis e cidadania da população LGBT?

BM: Eu acho que gays, transsexuais, lésbicas etc. do mundo inteiro deveriam ter garantidos os mesmos direitos pois somos todos humanos. Não há diferença entre nós, vivemos no mesmo planeta.

DT: Quem você admira na cena musical?

BM: Como já te disse, eu adoro a música como um todo. Na minha vida profissional, as maiores influências são o tribal, o progressivo e o tech-house. Eu adoro os DJs e produtores lendários como Chus & Ceballos, Rosabel, D-formation, Wally Lopez, Peter Rauhofer. Da nova geração, eu sou viciado em meu amigo Mr. Pagano, que vai tocar comigo em Salvador. Também admiro muito Danny Verde, Stefano Noferini, Funkagenda, Javier Medina, Copyright, The New Iberican League. São tantos… Eu adoro misturar a música em um caldeirão de sons quando eu toco: do house ao techno, via progressivo, tribal….

 

DT: Visto que a internet é um lugar para a juventude testar os próprios interesses sem se expor, seria maravilhoso se você pudesse responder a esta última pergunta. Qual a sua orientação sexual e como foi a sua saída do armario?

BM: Eu sou gay e estou com o meu namorado há aproximadamente nove anos. A minha família tem uma mente muito aberta então não houve problema quando eu me assumi. Eu sou gay e se isso incomoda a alguém, eu simplesmente digo a ele/ela “f*da-se”.

Veja detalhes da festa dos 2 anos da San Sebastian aqui