Bruna Lombardi e Carlos Alberto Ricelli em entrevista ao Dois Terços

Genilson Coutinho,
13/08/2011 | 17h08

A incansável pergunta milenar, “onde está a felicidade?” vem atormentando o homem desde os primórdios. Tanto que virou tema e título do novo filme brasileiro dirigido por Carlos Alberto Ricelli e estrelado por Bruna Lombardi, Bruno Garcia, Marcello Airoldi e pela atriz espanhola Marta Larralde.

No filme Onde Está a Felicidade?, a vida de Teodora (Bruna Lombardi), uma apresentadora e chef de cozinha, é aparentemente perfeita. Ele possui um bom emprego e o seu marido está sempre ao seu lado, encorajando-a. No entanto, tudo começa a ruir quando ela recebe a notícia de que o seu programa está sendo cancelado e de que seu marido está mantendo um affair virtual com outra mulher. A solução? Percorrer o caminho de Santiago de Compostela e tentar encontrar um novo rumo para a sua vida.

O site  Dois Terços compareceu à pré-estreia do longa-metragem e conversou com Bruna Lombardi e com Carlos Alberto Ricelli sobre o filme, a carreira cinematográfica e as parcerias com outros atores.

Dois Terços – Vamos começar pela pergunta mais difícil. Afinal, onde está a felicidade?

Bruna Lombardi – (Risos) É uma pergunta que todos querem saber. Todos os dias, nós nos perguntamos se estamos felizes, e fazemos uma análise das nossas vidas. Uma coisa engraçada que nós percebemos nas sessões pelo Brasil é que o público sai do cinema pensando nisso, com essa reflexão.

DT – Então podemos dizer que a protagonista consegue fazer com que o público se identifique com ela?

BL – Com certeza! O filme tem isso de maravilhoso. A personagem da Teodora consegue ter essa identificação com o público. Tanto que o filme ganhou um dos prêmios do Festival de Cinema Paulínia, o do voto do público.

DT – E como foi atuar ao lado de Bruno Garcia e Marcello Airoldi?

BL – Ah, foi ótimo. O elenco se deu super bem. E inclusive o Luís Miranda faz uma participação no filme. Ele já ganhou um prêmio de melhor ator e isso me deixa feliz, e trabalhou também no nosso filme O Signo da Cidade em 2008. Como roteirista, com os personagens que eu crio, três atores já se destacaram, recebendo prêmios também.

DT – Qual foi a inspiração do filme? A ideia do caminho de Santiago surgiu em que momento?

Carlos Alberto Ricelli – O caminho de Santiago de Compostela é um caminho milenar. O caminho é conhecido mesmo antes [do livro de Paulo Coelho]. Eu já tinha um sonho que era de fazer o caminho, mas nunca tinha me passado pela cabeça. Quando pensamos em fazer o filme, queríamos passar uma visão bem humorada, leve [desse percurso]. Nós dirigimos cinco vezes pelo caminho, procurando locações e chegamos a fazer pedaços da filmagem, em etapas. Os peregrinos de Santiago seguem um caminho duro, de sacrifício, mas o que reparamos é que eles nunca estavam de cara fechada. Eles encaram como um desafio.

DT – O caminho é tido como uma jornada espiritual. O filme mostra esse lado?

CAR – A Bruna foi feliz nessa questão porque ela conseguiu colocar a espiritualidade do caminho no filme. Nós dos grandes centros urbanos sempre estamos cheios de coisas para fazer e às vezes nos perguntamos, “será que eu sou feliz? Eu preciso fazer mais o que? Preciso me aprofundar na carreira, na família, nos filhos?” E o filme mostra que as mulheres procuram essa felicidade. A Teodora é cheia dessas intenções, ela quer ser feliz, mas também quer se vingar. Isso tudo é mostrado de um jeito bem humorado.

DT – Quais são os planos futuros? Vocês já têm algo previsto?

BL – Já estamos pensando. Mas o Luís Miranda já está convidado (risos).

Durante a entrevista, o ator Luís Miranda chegou a pré-estreia e cumprimentou Bruna e Carlos. O portal Dois Terços aproveitou para perguntá-lo sobre a sua participação em Onde Está a Felicidade?

DT – Luís, qual foi o seu papel no filme?

LM – Eu participo em uma das cenas. Foi um convite gostoso para participar deste filme. Em tudo que a Bruna me convidar, eu faço. Para mim, tudo que esse casal me pede é na verdade uma sentença, pois são meus grandes amigos.

BL – E isso que importa. Tudo mundo entra nos filmes para brilhar e todos têm o seu momento. As participações são um luxo.

Por Bira Vidal

Foto: Genilson Coutinho