Rogéria celebra participação em ‘Lado a lado’ e explica o seu sucesso: ‘Sou a travesti da família brasileira’

Genilson Coutinho,
18/02/2013 | 10h02

Nascida Astolfo Barroso Pinto, Rogéria, como foi consagrada nacionalmente, é superlativa. A travesti mais famosa do Brasil está prestes a mudar de década, mas ainda passeia exuberante pelo sugestivo 69 — só se tornará setentona em maio. O modelo “velha enxuta” que persegue é o da atriz inglesa Vanessa Redgrave, e a idade, como sustenta, nunca foi um problema, ao contrário. É na proximidade de completar uma nova primavera que ela comemora o convite para uma breve participação em “Lado a lado” como Alzira Celeste, mãe de Diva (Maria Padilha).

Ela é uma atriz trágica que entra para botar ordem no Teatro Alheira. Como todo mundo sabe quem eu sou, é um desafio convencer como uma mãe e avó  ressalta Rogéria, que, além da novela, prepara um novo programa para o Canal Brasil chamado “Com frescura” e também uma biografia.

Ainda que tenha vencido a prova de ser mãe e avó na ficção, Rogéria afirma que nunca pensou em ter filhos.

Jamais seria mãe. Primeiro vem a minha carreira. Em vez de ter filhos, ajudo com caridade. Sempre faço shows beneficentes — explica Rogéria, que dá a entrevista por telefone enquanto caminha pelas ruas do Leme, bairro onde mora, toda produzida: vestida de Channel, com bolsa Louis Vuitton e rabo de cavalo.

Da outra linha, é possível ouvir o burburinho causado por sua presença. Como gosta de ser amada, vez ou outra faz questão de levar seus fãs ao telefone: “Eu sou chilena e gosto muito dela”, diz uma moça. “Ela é sempre muito chique… Maravilhosa”, afirma outra.

— Vou andando e as pessoas vêm falar comigo. Eu sou a travesti da família brasileira — afirma ao justificar seu sucesso com o público: — Por trás da Rogéria, tem o Astolfo, claro, mas a personagem prevalece. A minha cabeça é de artista. Sou Astolfo quando faço pipi.Com informações do Extra.