Resistência e serenidade chegaram ao fim nesta última quarta-feira, dia 03

Genilson Coutinho,
05/08/2011 | 11h08

 

Rudolf Brazda morreu aos 98 anos em um abrigo para idosos e segundo Jean-Luc ele se foi de forma calma e pacifica.

Sobrevivente de uma das piores tragédias do mundo, Rudolf Brazda morreu nesta última quarta, 03 de agosto, na cidade de Bantzenheim, França. A história da vida de Rudolf ficou conhecida no livro Triângulo Rosa – Um homossexual no Campo de Concentração Nazista, o qual ele co-escreveu com o seu amigo Jean-Luc Schwab. O campo de concentração Buchenwald, onde Rudolf passou três anos, chegou a manter mais de 10 mil homossexuais presos pelo regime nazista de Hitler e era localizado na porção leste da Alemanha. Todos os homossexuais acusados e condenados pela sua orientação sexual recebiam o símbolo do triângulo rosa invertido – inspiração para o título do livro – e eram também chamados desta forma. A liberdade de Rudolf aconteceu em 1945, quando os alemães se renderam às forças do grupo militar dos Aliados. Passaram-se, no entanto, 63 anos para que história dele fosse narrada no livro. Em 2011, ele recebeu a medalha da Ordem Nacional da Legião de Honra, a mais prestigiada condecoração Francesa.

Por Bira Vidal