Que tal trocar de casal?

Genilson Coutinho,
18/04/2011 | 00h04

Para apimentar a relação ou satisfazer um fetiche específico alguns casais estão apostando na prática do swing.

Aos que ainda desconhecem ou pouco sabem, a prática do swing, como é popularmente conhecida a troca de casais, é uma modalidade sexual baseada na relação entre um casal e outro casal (seja ele conhecido ou não) em que homens e mulheres mantêm relações eróticas com parceiros diferentes e com o consentimento de ambos.

Aos que me lêem podem imaginar que o swing só ocorra entre casais em crise ou entre indivíduos libertinos, porém não é assim que funciona. São inúmeros os relatos de casais que se amam, estão satisfeitos sexualmente e emocionalmente, mas desejam viver a experiência de ter prazer com outra companhia e ver seu(ua) parceiro(a) tendo prazer com outro(a) pessoa.

A prática acontece, normalmente, em casas especificas para este ato, em que casais freqüentadores desempenham a função de participantes, voyeur ou curiosos. Na maioria dos ambientes, assim como entre os praticantes, é obrigatório a presença de homens acompanhados de mulheres, sendo que o acesso feminino é liberado da companhia masculina.

Em pesquisa autônoma sobre a prática pude perceber que a maioria das casas rejeita a bissexualidade masculina com total ênfase, enquanto relações sexuais entre mulheres são consideradas normais e até mesmo mais excitantes que as héteros. Não difícil foi encontrar relatos em que homens desejam vivenciar a bissexualidade com o consentimento de suas companheiras, mas sentem-se receosos com a reação delas e dos outros casais. Acontece que, para a maioria dos casos, a relação sexual entre duas mulheres não configura um ato homossexual, mas sim a realização de uma “tara” masculina satisfeita em ser vivenciada, enquanto paralelo a isso, a relação entre homens é vista automaticamente como pederastia, traição e possível infelicidade do casal.

Já normal para muitos, o swing deve ser uma experiência bem discutida entre o casal, em que haja conversas preliminares, consentimento de ambos e segurança no ato (sempre use camisinha). Li relatos e imagino o mesmo, mas segundo um praticamente especificamente, o pior momento é após o prazer, em que o casal já satisfeito retorna para casa e discute pela primeira vez a experiência.

Acredito que toda forma de amor e prazer deve ser vivenciada, desde que não cause nenhum mal ao outro, seja satisfatório para os envolvidos e tenha sempre segurança com sua integridade.

“Não mordas um prazer antes de ver se não há algum anzol escondido nele.” Thomas Jefferson

Rodrigo Almeida –  Colunista Social

Pesquisador apaixonado por Relações Humanas, Relações Públicas, Comunicação Digital, Inteligência, Redes Sociais, Conhecimento de Causa, Humildade, Educação, Discernimento, Coragem, Elegância entre tantas outras coisas… Diz aí o que você pensa sobre isso. Vamos conversar sobre o mundo!

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