Presidente do GGB cita pontos positivos e negativos para comunidade lGBT em 2012

Genilson Coutinho,
21/12/2012 | 13h12


O ano de 2012 está chegando ao fim e a comunidade LGBT comemora algumas conquistas, mesmo com todas as barreiras enfrentadas, seja das comunidades evangélicas, seja pela falta de empenho do poder público brasileiro na aprovação da lei que criminaliza a homofobia. Ainda assim, tivemos ganhos. Para refletir a respeito disso, conversamos com alguns militantes sobre os pontos positivos e negativos para comunidade gay em 2012.
Vou começar por uma coisa boa! E veio do Judiciário da Bahia, em outubro. Seguindo a decisão de 2010 do STF, que reconheceu as uniões entre pessoas do mesmo sexo como núcleos familiares, o Judiciário baiano legalizou o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Agora, os casais LGBT que desejarem se casar podem se dirigir ao cartório mais próximo para dar início ao processo. Vale ressaltar que a medida foi assinada pela desembargadora Ivete Caldas, corregedora geral da Justiça, e pelo desembargador Antônio Pessoa Cardoso, corregedor das comarcas do interior do Estado.
Por outro lado, tivemos tristes casos declarados de homofobia. Antes ainda de terminar o ano, já foram mais de 300 LGBT assassinados no Brasil. Na Bahia, o município de Camaçari merece destaque pelos casos alarmantes que envolveram agressão até a quem somente parece ser gay, como foi o caso da brutal violência cometida pelo grupo de jovens aos gêmeos Lenadro e Leonardo só porque estavam abraçados. Também mercê destaque o assassinato do casal Laís Fernanda dos Santos, 25, e Maiara Dias de Jesus, 22, por um “macho” homofóbico.
Em 2013, espero que seja aprovado o PL 122; que se consiga criar a vacina para o HIV, bem como o remédio para curar os infectados; e, mais que tudo, que a presidente Dilma Rouseff reconheça a importância de combater a homofobia. É esse o meu desejo.
Marcelo Cerqueira
Presidente DO GGB