Presidente da ABES é agredido na 11° Parada Gay da Bahia

Genilson Coutinho,
13/09/2012 | 10h09

O último domingo (10), foi marcado pela 11° Parada do Orgulho Gay da Bahia, o evento contou com 10 trios e arrastou um público de cerca de 400 mil pessoas. Mas infelizmente, ao final da passagem dos trios, o presidente da Associação Brasileira de Estudantes Secundaristas (ABES)  Wesley Masil, caminhava na praça Campo Grande junto ao vice presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) na Bahia, Mardel Melo, e a diretora de Políticas Educacionais da ABES, Rennata Almeida, quando foi covardemente atacado em uma ação de homofobia.

 Um homem não identificado apareceu e o golpeou violentamente na boca. Populares que assistiram o ato covarde de agressão ajudaram na condução do jovem secundarista ao hospital, enquanto outros procuraram a polícia militar para relatar o acontecido, a polícia infelizmente não deu a menor atenção ao ocorrido.“Ouvimos falar e vemos de casos de homofobia, mas nunca esperamos que aconteça com pessoas próximas e, principalmente, conosco. Estava rindo, feliz, o dia tava sendo divertido até o acontecido. O lugar mais surreal onde poderia esperar isso acontecer seria na própria parada do orgulho gay. É lamentável, ainda não acredito que fui agredido sem motivo.” Lamenta Wesley sobre a covardia.

A situação é ainda pior ao Procurar a Delegacia para registrar queixa:

“Na delegacia, foi dificuldade. O policial perguntou se eu lembrava a cara do agressor e se sabia onde ele mora, quando respondi que não, não o conheço, que eu estava na rua e fui agredido sem motivo, o policial perguntou o porque então registrar a ocorrência, eu disse que era necessário porque muitos crimes de homofobia acontecem diariamente. Depois de muita insistência, fomos atendido por outro policial que se propôs a fazer o Boletim de Ocorrência, então Rennata descreveu o agressor. A situação foi muito ruim todos me olharam de forma estranha, falar em homofobia é como se fosse falar uma coisa de outro mundo, desconexa da realidade policial. Por fim no Boletim de Ocorrência constou Agressão, isolando o fato do que motivou a agressão que foi nitidamente HOMOFOBIA”. Relato de como foi a experiência do registro na Delegacia da 1° Circunscrição Policial.

 Repúdio

A ABES e UBES repudiam ações de homofobia e continuarão travando o debate e fortalecendo a luta pelos direitos LGBT. O número de assassinato de homossexuais cresce cada vez mais no Brasil, no ano passado 266 crimes dessa natureza foram registrados, entre os estados a Bahia liderou o Ranking com 28 assassinatos, um dos casos mais assustadores que aconteceu esse anos foi no dia 24/6, na cidade de Camaçari, quando oito homens agrediram até a morte um jovem de 22 anos, José Leonardo da Silva estava abraçado com seu irmãos gêmeo, José Leandro, quando foi covardemente atacado. É necessária a efetivação imediata de Políticas Públicas que garantam os direitos dos LGTB e que torne crime a homofobia