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Preconceito familiar será tema da 13ª parada gay de Feira de Santana

Genilson Coutinho,
16/07/2014 | 11h07

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Familiares e pessoas próximas são quem mais discriminam Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), é o que revela o RELATÓRIO SOBRE VIOLÊNCIA HOMOFÓBICA NO BRASIL: ANO DE 2012, que aponta que quase 60% dos suspeitos de violência homofóbica são conhecidos da vítima.

Baseados nesses dados e no cotidiano empírico do movimento de luta contra homofobia, o preconceito e a discriminação contra LGBT dentro de suas famílias será o tema da Parada do orgulho LGBT de Feira de Santana em 2014, que ocorrerá na cidade dia 31 de agosto de 2014.

Das quase 10.000 (dez mil) denúncias encaminhadas para o governo federal durante o ano de 2012, pelo menos 58,9% das vítimas conheciam os suspeitos, dentre estes destacam-se os irmãos, mães e pais das vítimas que estão entre  os  agressores mais comuns.

Pesquisas revelam que diversos LGBT são expulsos de casa e\ou sofrem violências físicas e verbais vinda de suas próprias famílias sendo muitas vezes espancados, ignorados e até assassinados.
Diante destes números  em 2014, a Parada do orgulho LGBT de Feira de Santana vai focar no combate a discriminação dentro do seio familiar.

Refletimos sempre que um negro, um índio, ou uma mulher, populações também socialmente discriminadas, não são expulsos nem sofrem violências por suas condições. Ao contrário tem o apoio de seus familiares, enquanto LGBT são quase sempre primeiramente discriminados justamente pelas pessoas que deveriam dedicar maior afeto, o que reflete em um agravamento do problema relacionado ao preconceito e a discriminação social.