
Os atores Samuel de Assis, Amaury Lorenzo e Felipe Velozo usam a comédia para discutir tabus do universo dos homens
Quando três amigos, muito próximos, e que sabem tudo da vida uns dos outros se juntam para passar uma mensagem que reflita sobre a construção da masculinidade, não tem como o roteiro dar errado! Assim surgiu a ideia de Por que não nós?.
A peça é um mergulho profundo e ácido no psiquismo do que é ser homem em nossa sociedade, partindo da narrativa de três personagens sarcásticos e penetrantes em uma dramaturgia que debate um conceito muito atual: a masculinidade tóxica e suas consequências.
No palco, Samuel, Amaury e Felipe convidam o público a olhar para essa questão que se faz necessária, rindo e emocionando. Levando-os ao ponto até que possam dissolver esses dogmas para que sejam livres. “Quisemos entender como somos atingidos pela contenção do que sentimos, mesmo rindo das ansiedades e das angústias que essa contenção provoca”, explica Felipe Velozo.
A masculinidade tóxica é percebida como um conjunto de ideias e mecanismos voltados para que os homens se encaixem em padrões que mantenham um equilíbrio social baseado na violência. Até que essa violência se volta contra os próprios homens em uma espiral de manifestações que incluem a exacerbação da virilidade, o machismo, a violência contra a mulher, homofobia e transfobia.
Apesar disso, a história vem em forma de comédia e promete divertir e provocar a plateia, descortinando uma série de assuntos sérios, como saúde emocional, estigmas e preconceitos, sob uma veia cômica. “A história fala de amizade, de educação
emocional, sobre como nós homens não somos criados para falar, para discutir nossas emoções. É um espetáculo sobre isso. Sobre a dificuldade que a gente tem em nos relacionarmos emocionalmente”, destaca Samuel de Assis.
O universo impresso neste espetáculo é foco constante de campanhas de saúde mental, palestras, livros, teses, estudos culturais e sociais, reportagens, filmes e, agora, será tema de uma peça. “O teatro pode, e muito, contribuir para os debates que brotam das questões de gênero, no mundo em que vivemos, que estão fervilhando e reclamando outros modos de discussão”, diz Amaury Lorenzo.
Com texto de Júlia Spadaccini e direção de Débora Lamm, “Por que não nós?” estreia em Salvador com três apresentações imperdíveis, nos dias 17 e 18 de maio, no Teatro Jorge Amado, com sessões no sábado às 21h e no domingo às 18h (sessão extra) e 20h.
FICHA TÉCNICA:
Texto da Júlia Spadaccini
Pesquisa Dramatúrgica da Márcia Brasil
Direção da Débora Lamm
Figurino da Carla Garan
Produção Executiva da Morena Carvalho
Pesquisa Dramatúrgica da Márcia Brasil
Mídias Sociais da Bruna Muniz
Produção de Viagens: Sandro Rabello
Arte Visual do Pietro Leal
Assessoria de Imprensa: da Manu Souza
Realização: Diga Sim Produções e Samukaju Produções
SERVIÇO:
Por que não nós?
Dia: 17 e 18 de maio, sábado às 21h e domingo às 20h – Sessão Extra domingo às 18h
Local: Teatro Jorge Amado – Av. Manoel Dias da Silva, 2177, Salvador – Bahia
Valor R$ 120,00 inteira e R$ 60,00 meia entrada
Ingressos: Sympla – https://bileto.sympla.com.br/event/104556/d/309826
Produção Local: Carambola Produções
Realização: Diga Sim Produções e Samukaju Produções