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Polícia vai procurar câmeras de segurança para apurar morte de travesti, no RS

Genilson Coutinho,
19/01/2016 | 10h01

Nathallya morava há cerca de dois anos na França, contou a irmã dela Foto: Reprodução / Facebook

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul informou, nesta segunda-feira, que vai procurar por câmeras de segurança na Avenida Beira-Mar, em Capão da Canoa, para buscar por suspeitos na morte da travesti Nathallya Figueiredo, de 25 anos. Ela foi encontrada esfaqueada dentro de um carro, por volta das 5h de domingo. A vítima chegou a ser levada para um hospital da região, mas não resistiu aos ferimentos.

A delegada Sabrina Deffente, da delegacia de Capão da Canoa, que está investigando o caso, informou que ainda não há suspeitos pelo crime. No entanto, imagens do circuito de segurança de prédios da região serão procurados numa tentativa de identificar os envolvidos na ação. Além disso, parentes e amigos da vítima serão chamados a depor.

Ainda segundo a polícia, pouco antes do corpo de Nathallya ter sido encontrado, uma outra travesti foi esfaqueada, por volta das 2h, na Avenida Atlântida, em Capão da Canoa. Um homem, de 35 anos, discutiu com a vítima e acabou a atacando. Ele acabou preso e a travesti foi encaminhada para o hospital Santa Luzia. Inicialmente, os agentes descartam qualquer ligação entre os dois casos.

Segundo Fernanda Correia, de 18 anos, irmã de Nathallya, a travesti estava há cerca de um mês em Capão da Canoa, onde passava férias com parentes. Ela morava na França há cerca de dois anos.

— A gente acha que convidaram ela para sair, levaram-na para a praia, tentaram fazer alguma coisa, ela não quis e correu para o carro. Foi quando a mataram. Não roubaram nada dela. Ela estava sozinha neste dia — informou Fernanda. Ainda de acordo com a irmã, a vítima não tinha inimigos na região.

— Estamos tentando ver no celular dela quem entrou em contato com ela antes dela morrer — acrescentou Fernanda.

Nathallya foi enterrada nesta segunda-feira, em Capão da Canoa. Parentes e ativistas dos direitos de LGBTTTs (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros) pensam em organizar uma passeata na região para pedir justiça para o caso.