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Perfeitos exatamente do jeito que são

Genilson Coutinho,
10/12/2020 | 15h12

As pessoas intersexs nascem com características sexuais que não se encaixam nas definições típicas do sexo masculino e feminino.

Em muitos países, as crianças intersex são submetidos reiteradamente a cirurgias e tratamentos para tentar mudar suas características sexuais e sua aparência, causando terrível dor física, psicológica e emocional – e violando os seus direitos.

Crianças intersex não precisam ser “consertadas”; elas são perfeitas assim como elas são!

A ONU convoca os governos e os pais para protegerem as crianças intersex.

Você sabia?
Quase 1,7% dos bebês nascem com características sexuais que não se encaixam em definições típicas de masculino e feminino. Isso torna ser intersex quase tão comum quanto ser ruivo!

Ser intersex se refere às características sexuais biológicas de alguém. Isso inclui genitais, gônadas, níveis hormonais e padrões cromossômicos. Isso é diferente de orientação sexual ou identidade de gênero – uma pessoa intersex pode ser heterossexual, gay, lésbica, bissexual ou assexual, e pode ser uma mulher, um homem, ambos ou nenhum.

As reiteradas cirurgias e tratamento aos quais crianças intersex são submetidas para terem o seu sexo e aparência “consertados” são frequentemente irreversíveis e podem causar infertilidade permanente e dores durante toda a vida, além de incontinência, perda de sensibilidade sexual e sofrimento mental.

Não existe nenhuma razão tipicamente médica para realizar esses procedimentos, que têm tantos impactos negativos sérios sobre crianças. Levá-los a cabo sem consentimento viola direitos humanos.

Pessoas intersex devem ser livres para decidir se querem ou não passar por esses procedimentos, quando tenham a idade adequada para tomar uma decisão consciente por si próprios.