Pelourinho Cultural recebeu Simples RAP´ortagem e Chita Fina na noite de sábado, dia 16
De um lado o rap com berimbau, do outro, clássicos da MPB com Samba do Reconcâvo. O Largo Tereza Batista recebeu ontem, dia 16, a “picape” do grupo Simples RAP´ortagem e o Pedro Archanjo, os pandeiros das sambistas do Chita Fina. A apresentação dos grupos faz parte doPelourinho Cultural, programa da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult-BA) que integra a política de dinamização cultural dos espaços do Centro Histórico.
O primeiro show da noite foi com o grupo Simples RAP´ortagem que apresentou pela primeira vez o CD “Em Primeira Mão”. As músicas que falam sobre preconceito religioso, machismo, regionalismo e outras questões sociais levaram ao êxtase o público do Largo Pedro Archanjo que já conhecia algumas letras. Após 16 anos de trabalho o grupo lança seu primeiro álbum no Pelourinho, lugar conhecido por ter abrigado as primeiras reuniões do Movimento Hip Hop em Salvador. “O Movimento nasceu praticamente aqui no Pelourinho, então, lançar o “Em Primeira Mão” no Largo Tereza Batista é uma sensação de sonho realizado”, pontua Jorge Hilton, idealizador do Simples RAP´ortagem e um dos percussores do Hip Hop baiano. Entre os seguidores do grupo estava o estudante Fernando Santanta, de 17 anos, morador do bairro da Saúde que disse acompanhar o grupo há três anos. “Está aqui é um sentimento de dever cumprido, pois nós que acompanhamos a banda sempre torcemos para que esse momento chegasse. Acho bacana o Pelourinho abrir as portas aos grupos que vão além do axé. Valoriza o que temos de melhor e abre espaço para todo mundo.”, diz.
Uma hora após o início do Simples RAP´ortagem, a Chita Fina já aquecia o público em outro largo. Músicas brasileiras, com versões em samba do reconcâvo alegravam o Largo Pedro Archanjo e a frente do palco ficou pequena para os passistas de plantão. Participativas, as pessoas faziam rodas de dança, puxavam coreografias, eram convidadas no palco e entoavam músicas de grandes nomes do samba brasileiro. O grupo composto somente por mulheres já fez temporada no Pelourinho e criou um público cativo que nas suas danças e vozes celebraram o samba durante duas horas de show.
Foto: Genilson Coutinho