Pedro Lima, finalista do The Voice Brasil conversa com o site Dois Terços

Fábio Rocha,
10/02/2014 | 21h02

O cantor Pedro Lima, um dos finalistas do programa The Voice Brasil(Globo), que ficou conhecido nacionalmente com o apelido “Bigode Grosso”, desembarca no próximo dia (16), na San Sebastian para dar uma “canja”, como ele mesmo diz, na noite da Stylosa, projeto da cantora Aila Menezes.

Em entrevista ao site Dois Terços, Pedro falou da importância do programa para sua vida além do carinho do cantor Lulu Santos. Ele ainda comentou sobre o beijo gay e os direitos dos LGBT’s. Confira a entrevista na íntegra!

Dois Terços: Antes da sua participação no quadro (cantando no chuveiro) da Ana Maria Braga, em algum momento você alimentava o sonho de participar do The Voice?

Pedro Lima: Não, na verdade nunca me escreveria pra um desses realitys. Sempre achei todo esse lance de TV um sonho grande demais pra ser verdade! Distante demais da minha realidade!

DT: Além da fama e das novas possibilidades de trabalho, o que Pedro Lima conquistou depois do programa?

PL: Confiança, esperança, aumentei minha fé e foco. Eu achava que meu sonho era praticamente impossível e hoje vejo que todo e qualquer sonho, é possível. Basta acreditar, investir, focar e na hora certa vai…!

DTVocê ficou conhecido por sua voz e pelo apelido “Bigode Grosso”. Como nasceu essa ideia de manter o “bigodão”?

PL: Na verdade, antes do programa começar me reuni com um amigo personal stylist e decidimos mudar meu estilo pra uma forma que ficasse bem diferente do habitual e nossa ideia foi essa: raspar a cabeça e deixar só o bigode e assim fiz, raspei a barba, a cabeça e pronto. O que não sabia é que no RJ existia o funk “bigode grosso”!, ri.

DTO que muda na vida de um jovem simples como você, após ter participado de um dos programas mais comentados e assistidos pela população brasileira?

PL: Um anônimo vira celebridade… alguém que graças a Deus é querido pelos brasileiros. Então a rotina muda, principalmente porque não se pode fazer tão facilmente as coisas de antes. Ir ao mercado, por exemplo, era uma tarefa de uma hora, no máximo. Hoje quando decido ir já vou preparado pra 3h. (risos) Tenho também o melhor emprego do mundo, sou pago pra ser feliz, pra fazer as pessoas felizes. Então o que mudou na minha vida? TUDO. (risos)

DTDia 16 você desembarca em Salvador na noite Stylosa comandado por Aila Menezes na San Sebastian. O que os soteropolitanos podem esperar da sua estreia aqui?

PL: Estou extremamente feliz por minha primeira visita a Salvador ser um convite de Aila Menezes. Já existia uma enorme vontade de conhecer a BA e o povo baiano, muita gente até pergunta se sou baiano (risos). Amo esse povo, me dão tanto carinho através das redes sociais que quase nem acredito.

Aila é “só” minha alma gêmea (risos), somos como irmãos que se reencontraram após anos sem se ver! Quando conheci Aila no The Voice achei incrível o jeito doido dela, que na verdade é idêntico ao meu, embora não tenha revelado isso no programa. (risos). Passamos várias noites no hotel na época das competições rindo muito com os outros voicers.

Soteropolitanos podem aguardar minha extrema alegria e alto astral. Na verdade, não vou pra fazer show nem nada disso, no máximo vou dar umas “canjas”, afinal não vou perder essa oportunidade de cantar na noite da Stylosa com ela. Minha ideia é me divertir com o mega show que Aila faz e que infelizmente não podemos ver muito pelo programa.

DT: Essa semana o beijo gay entre Niko e Felix entrou para história da TV brasileira, em uma novela Global. Você acompanhou esse momento ímpar para os LGBT’s?

PL: Na verdade estava no palco no dia 30 e 31 de janeiro e não pude ver o final da novela. Mas, sábado assisti a reprise.

DT: Lulu Santos deixou claro que você era o favorito dele para ganhar essa edição. Como foi essa convivência com um dos grandes ícones da musica?

PL: Falar dos momentos vividos com o Lulu dentro do The Voice é uma das tarefas mais difíceis que tenho (risos). Aquilo foi inacreditável do início ao fim, foi maior que o meu sonho, não há como descrever em palavras.

DT: Casamento gay e criminalização da homofobia estão na ordem da luta da comunidade gay do Brasil. O que você pensa sobre estas bandeiras de lutas?

PL: Acho que todos nós devemos lutar por aquilo em que acreditamos e que nos faz feliz, embora nem sempre o que acreditamos seja o que todos acreditam. O importante é manter o foco e deixar nossa estrela brilhar no céu, que é muito grande e tem espaço pra todas as estrelas.