Parada Gay leva ás ruas de Feira de Santana 40 mil pessoas

Genilson Coutinho,
27/08/2012 | 13h08


A 11ª Parada Gay de Feira de Santana realizada na tarde destedomingo (26), na avenida Getúlio Vargas levou ás ruasaproximadamente 40 mil pessoas, segundo estimativas da PolíciaMilitar. A comunidade Lgbt (Lésbicas, gays, bi e transexuais) e maiscentenas de simpatizantes foram prestigiar a parada.
O presidente do Glich- Grupo Liberdade, Igualdade e Cidadania Homossexual Fábio Ribeiro disse que a grande participação do público é uma demonstração de que a população vem diminuindo o preconceito. Ele lamentou os três assassinatos ocorridos este ano contra homossexuais. Em um dos crimes a vítima foi queimada e os outros dois mortos a tiros.

Ele acha que essas mortes demonstram que se não houver políticas públicas voltadas para essa homofobia, e se a sociedade não se preocupar com a justiça social, podem ocorrer mais crimes.
Como forma de protesto pelas mortes de homossexuais, integrantes do Glich esticaram um pano preto entre as pessoas que participaram da Parada Gay. O obetivo foi mostar que o gay também é cidadão e que tem motivos para se orgulhar de sua orientação sexual.
A cantora Marizélia foi escolhida madrinha Gay da 11ª Parada Gay. Ao ser questionada sobre orientação sexual, ela disse que o mínimo que se pode fazer é respeitar a escolha do outro. “Estou muito feliz por ser a madrinha e a temática este ano é contra a homofobia, e lutar contra isso é um dever de cada um de nós”, afirmou.
O advogado Enézio de Deus que participou da parada gay tem sido um defensor da união homoafetiva e já ingressou com algumas ações para assegurar a união estável entre pessoas do mesmo sexo. Ele explica que a discriminação contra homossexuais tem diminuído bastante por conta do trabalho realizado pelo Poder Judiciário dando decisões favoráveis.
“Infelizmente no Brasil nós temos um Congresso Nacional altamente preconceituoso e legislam como se estivessem nos púlpitos de igrejas e se baseiam em doutrinas religiosas. Isso não pode acontecer”, afirma Enézio.
Na opinião dele, enquanto o legislador não separar religião de estado, não vai se avançar no Congresso Nacional. Ele lembra que o Judiciário não se calou, porque a Constituição protege os direitos fundamentais, entre eles a orientação sexual.Com informações do Acordacidade.

11ª Parada Gay de João Pessoa arrastou multidão no último domingo (26)