Padre suspeito de pedofilia é preso em São Paulo

Genilson Coutinho,
04/07/2012 | 10h07

Foi preso na última nesta terça-feira (3) em São Paulo um padre suspeito de abusar de adolescentes em uma entidade assistencial.

A polícia chega cedo a duas mansões vizinhas no Morumbi, bairro nobre de São Paulo. Nas mãos do delegado, um mandado de prisão. No local funciona a Comunidade Advento, uma entidade clandestina que abriga mais de 20 adolescentes. Instantes depois, o padre Anderson Risseto sai preso. A suspeita é de estupro de menores.

“Padre, o senhor quer se pronunciar?”, pergunta o repórter César Galvão.

“Acho que nesse momento não”, responde o suspeito.

Anderson Risseto é padre há seis anos e desde 2008 trabalha com assistência a jovens carentes. Em 2011, adolescentes que já haviam deixado a comunidade denunciaram abuso sexual e o Ministério Público mandou investigar.

“As denúncias são consistentes. Além disso, no mandado de busca cumprido nesta terça-feira (3), foram encontrados DVDs e material que confirma o que os jovens denunciaram”, afirma o delegado Paul Henry Verduraz.

Um dos seis rapazes que fizeram as denúncias contou que, quando tinha 14 anos, foi chamado para ir ao quarto do padre, que estava nu. O jovem disse ainda que foi convencido a terminar um namoro. O padre dizia que tinha que purificá-lo e ameaçava: o rapaz só ficaria na comunidade se tivesse relação sexual com ele.

Em nota, a diocese de Campo Limpo informou que Anderson Risseto deixou de trabalhar em paróquias, ao pedir renúncia como pároco em março de 2010. No mês seguinte, a Comunidade Missionária Advento foi extinta por decreto pela diocese. Em junho de 2012, o padre foi suspenso, ficando impedido de exercer suas funções sacerdotais. Com informações do Jornal Nacional