Observatório da Discriminação constata ações racistas no Carnaval.

Genilson Coutinho,
12/02/2013 | 12h02

Segundo a última atualização do sistema de dados da COGEL nesta terça-feira (dia 12) de carnaval, o Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT contabiliza um total de 394 ocorrências, registro que já ultrapassa os dados do mesmo período do ano passado com 351 casos.

Mesmo com uma população predominantemente negra e com uma forte manifestação cultural, as ações racistas ainda são responsáveis por 305 ocorrências, com destaque para o quesito vulnerabilidade social de negros e negras na folia.

Apesar das inúmeras campanhas pelo respeito às mulheres, evidencia-se também que a agressão ao gênero é o quesito com mais evidência desta natureza, sendo 21% das ocorrências registrado no foco de violência contra mulher, seguidos da violência contra LGBT com aproximadamente 2% das ocorrências.

Esta ação promovida pela Prefeitura do Salvador, através da Secretaria Municipal da Reparação, disponibiliza quatro Postos de Atendimento do Observatório localizados na Ladeira e São Bento, Ondina, Estação da Lapa e Centro Histórico. A vítima de violência e/ou discriminação motivada por questões de raça, gênero ou orientação sexual pode registrar sua reclamação em um desses postos ou através do telefone 156. Equipes volantes de observadores também estão nos circuitos orientando o folião com material informativo e observando os atos passíveis de registros.

Em sua oitava edição o Observatório da Discriminação Racial, Violência contra a Mulher e LGBT comprova que, na maior festa popular do mundo, os iguais são tratados de forma desigual e que ações de combate a atos de discriminação gerados por questões de orientação sexual, raça e gênero devem ser intensificadas.