O farol mais colorido… Como Daniela cala a inquisição falando de amor

Genilson Coutinho,
04/04/2013 | 14h04


Depois de ler, ouvir e se indignar com os absurdos que essa tal Joelma levantou contra os homossexuais, afirmando em entrevista à revista Época, que se tivesse um filho homossexual “lutaria até a morte para fazer sua conversão” e, segundo a publicação, chegou a comparar gays a viciados em drogas: “É como um drogado tentando se recuperar” dá para se ter uma ideia da estupidez e do preconceito escancarado em suas falas. Pode ser que sua carreira não estava em alta (e acredito que depois de tudo isso ficará pior) e querendo se destacar na mídia resolveu causar polêmica. Mas o que ela não imaginava é que a situação chegaria ao ponto que está!
Deveriam ter dito a ela que hoje os homossexuais realmente são os melhores consumidores do Brasil, segundo pesquisas. Mas neste caso, ela deveria apoiá-los, ou melhor, simplesmente ficar de boca fechada. Enfim, abriu a boca e disse “merda” agora não precisa fazer carinha de “não foi isso que eu disse”. Mas…. FELIZMENTE a inteligência, a sabedoria, a doçura e o amor chegam e nos faz esquecer toda estupidez dessa tal aí!
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Acredito e defendo que nenhum homossexual precisa sair gritando por aí dizendo que gosta de alguém do mesmo sexo. Até porque nenhum heterossexual precisou ou precisa fazer isso, mas neste caso… o “grito” é amor! Na quarta-feira (03/04) Daniela Mercury assumiu sua relação com a jornalista Malu Versoça: “Eu comuniquei meu casamento com Malu para tratar com a mesma naturalidade que tratei outras relações. É uma postura afirmativa da minha liberdade e uma forma de mostrar minha visão de mundo.” Daniela também aproveitou para se mostrar contra a permanência do pastor Marco Feliciano (outra estupidez em nossa sociedade) na presidência da Comissão de Direitos Humanos: “Numa época em que temos um Feliciano desrespeitando os direitos humanos, grito o meu amor aos 7 ventos. Quem sabe haja ainda alguma lucidez no Congresso Brasileiro!”.
O que mais dizer diante dessa declaração de amor?
Ah, que ORGULHO acompanhar parte dessa história de Daniela Mercury, de poder ver duas pessoas do mesmo sexo juntas, sem medo, sem tabu, sem preconceito.
Duas pessoas do mesmo sexo? Exatamente! Duas pessoas que se amam!
Espero também que isto sirva de exemplo para tantas outras “Joelmas” da vida! Que elas aprendam que o respeito ao próximo está acima de tudo.
Por Ricardo Desidério
Texto publicado originalmente na revista Outing e cedido gentilmente pelo autor para publicação.
Ricardo Desidério é educador sexual e terapeuta holístico (CRTH -BR 0534). Doutorando em Educação Escolar pela UNESP/Araraquara na linha de pesquisa “Sexualidade, Cultura e Educação Sexual”. Pedagogo. Licenciado em Ciências e Matemática. Especialista em Educação Matemática. Mestre em Educação para a Ciência e o Ensino de Matemática pela Universidade Estadual de Maringá-PR.