Mulher é agredida ao ser confundida com um travesti
A comissária de voo Geilsa da Mota, 29 anos, viveu momentos de terror na manhã de ontem, 19, na capital sergipana. Ela revelou que dois homens a perseguiram por várias ruas e, segundo a mesma, chegaram a efetivar disparos contra o carro em que estava. O motivo do crime estaria ligado à intolerância, já que Geilsa foi confundida com um travesti.
De acordo com a comissária, o fato aconteceu após uma festa, numa casa de show localizada no bairro Coroa do Meio. Geilsa conta que percebeu que estava sendo perseguida e parou num posto de combustível, local onde as agressões verbais foram iniciadas.
“Eles alegavam que eu era um travesti e que estava devendo dinheiro a eles. Fiquei amedrontada. Eles diziam que eram parentes de pessoas poderosas e que ninguém ia prendê-los”, conta a comissária de bordo.
Apavorada, a vítima abandonou o posto na tentativa de conseguir se livrar dos agressores, que a seguiram até um outro, onde as agressões físicas foram consumadas.
“Eu levei vários socos, estou com as mãos e a cabeça machucadas. Um dos dois entrou no carro e me deu muitos socos na cabeça. Eu só conseguia gritar e o que mais me revoltou é que os funcionários e seguranças do posto não faziam nada”, comenta indignada a vítima.
Policiais militares foram acionados a partir de telefonemas de pessoas que estavam na loja de conveniência. Eles encaminharam os acusados à delegacia plantonista. Os dois suspeitos foram identificados como Ricardo Alexsandro Reis, estudante de 25 anos, e Marcelo Rosa Santos, mecânico de 29 anos.
A comissária de voo se diz indignada com a situação. “Isso é algo que não pode se repetir. Foi comigo, mas poderia ter sido com qualquer pessoa, irmãs, esposas, qualquer pessoa poderia ter sido vítima daquele absurdo. Eu estou inconformada e vou até as últimas consequências para conseguir justiça”, desabafou.