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Morto em acidente de avião, Eduardo Campos era a favor do casamento gay

Genilson Coutinho,
13/08/2014 | 16h08

Secretário nacional do LGBT Socialista, Luciano Freitas Filho, e Eduardo Campos (PSB)

O candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, que faleceu na manhã desta quarta-feira (13), em acidente de avião, era a favor do casamento gay.

Na última segunda-feira (11), durante sabatina promovida pelo site G1, Eduardo disse que era a favor da união civil entre pessoas do mesmo sexo. “Sim, é um direito”, falou ele. Além disso, o ex-governador de Pernambuco disse ser contra a legalização da maconha e contra a descriminalização do aborto no país.

Já a ex-senadora Marina Silva, vice de Campos, tem uma posição não muito clara sobre o tema. Em 2010, durante um debate, quando era candidata à Presidência da República pelo PV, ela se disse a favor da união civil, mas contra o casamento gay. “O casamento é uma instituição entre pessoas de sexos diferentes, uma instituição que foi pensada há milhares de anos para esta finalidade”, disse à época.

 

Tragédia

O acidente com o avião que levava a bordo sete pessoas, dentre elas Eduardo Campos, aconteceu por volta das 10h, em Santos, 72 km de São Paulo. A aeronave modelo Cessna 560XL, prefixo PR-AFA, decolou do Aeroporto Santos Dumont, no Rio, com destino ao Aeroporto de Guarujá, em São Paulo, mas caiu no bairro do Boqueirão, região central de Santos.

O Comando da Aeronáutica informou, por nota, que “quando se preparava para pouso, o avião arremeteu devido ao mau tempo. Em seguida, o controle de tráfego aéreo perdeu contato com a aeronave”. Ainda não se sabe as causas do acidente.

Segundo a Polícia Federal, estavam no avião, além de Campos, o assessor Pedro Valadares Neto, o assessor de imprensa Carlos Augusto Leal Filho (Percol), Alexandre Gomes e Silva (fotógrafo), Marcelo Lyra (staff da campanha) e os pilotos Marcos Martins e Geraldo Cunha. O acidente que matou o presidenciável aconteceu no mesmo dia da morte do avô dele Miguel Arraes, que falaceu dia 13 de agosto de 2005.

Além das sete mortes, de acordo com o Corpo de Bombeiros, pelo menos dez pessoas ficaram feridas. Ao todo, três foram liberados e sete estão na Santa Casa de Misericórdia de Santos, não há informações sobre o estado de saúde.

Campos iria para um evento na cidade de Santos chamado SantosExport, um dos seus compromissos da agenda eleitoral de hoje.

Eduardo Campos morre aos 49 anos, deixando mulher e 5 filhos.