Ministra da Cultura assiste ritual de saída do Ilê Aiyê, no Curuzu

Genilson Coutinho,
06/03/2011 | 17h03

Acompanhada do secretário estadual de Cultura, Albino Rubim, a ministra Ana de Hollanda se emocionou com o Mais Belo dos Belos.
Como acontece todos os anos, o ritual de saída do Ilê Aiyê atraiu para o Curuzu, neste sábado, centenas de pessoas, entre artistas, políticos e população em geral. Presente à cerimônia, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda, se disse emocionada com tudo que viu. “Além da energia que tem a casa e as todas as pessoas aqui reunidas, é importante reconhecer que o Ilê Aiyê é uma ação afirmativa para a auto-estima dos negros, para as mulheres e para todos os brasileiros”, destacou.
No ritual, foi apresentado a todos os presentes a Deusa do Ébano 2011, Lucimar Cerqueira, que reinará todos os dias do desfile do bloco. A cerimônia foi conduzida por Mãe Hildelice, filha de Mãe Hilda Jitolu e atual yalorixá do Terreiro Ilê Axé Jitolu. Da varanda da casa, a ministra participou da soltura de pombos brancos, como um pedido de paz para o Carnaval. Também estavam presentes a ministra de Promoção da igualdade Racial (Seppir), Luiza Bairros, e o secretário Estadual de Cultura, Albino Rubim, além de outras autoridades.
“O Ilê Aiyê é uma das coisas mais tocantes da Bahia, ao reafirmar identidades e proporcionar essa celebração”, ressaltou Albino Rubim. O secretário informou ainda que, por reconhecer o valor social e simbólico das entidades de matriz africana, a SecultBa tem como principal investimento no Carnaval, o Ouro Negro, programa de fomento que este ano distribuiu R$ 5 milhões para 137 agremiações, entre afoxés, blocos afro, de samba, de índio, de reggae e de percussão. A listagem completa dos blocos do Ouro Negro está no endereço: www.carnavalouronegro.ba.gov.br
Desfile – Depois do ritual religioso, o Ilê Aiyê iniciou a subida da ladeira do Curuzu para um desfile na Avenida Lima e Silva, a principal do bairro da Liberdade, até o Plano Inclinado. O bloco completou o desfile na passarela do Carnaval, no Campo Grande, onde era aguardado por apaixonados pela batida dos tambores e pela beleza das fantasias e danças do bloco.