Militantes LGBT: Eles fazem a diferença dentro dos seus espaços diariamente
O ano já está chegando ao fim com muitas perdas para comunidade LGBTQ + principalmente no que se refere a violência diária, seja ela verbal ou física. Entretanto, o que mais nos entristece é perceber que esses números poderiam ser maiores se não houvesse fortes lideranças do movimento LGBTs, que botam a cara no sol contra o preconceito, homofobia e que se fazem presentes nas reivindicações na área da saúde, educação e respeito ao longo desses 365 dias do ano, que chega ao fim com tristes números, foram mais de 400 LGBTs assassinados no Brasil, ultrapassando os dados do ano passado.
E não podemos esquecer as lutas das nossas lideranças por dias melhores nos bairros, empresas privadas, espaços culturais, instituições. Em todos os espaços lá estavam eles com caminhadas, seminários, espetáculos teatrais e sua coragem para lidar com um cenário violento e opressor contra as pessoas LGBTs da capital baiana.
Para homenagear as ações de todxs que lutam nessa cidade e nas pequenas cidades da Bahia iremos agradecer e reconhecer o trabalho de todxs eles aqui representados:
Tuka Perez, mulher trans, que luta diariamente em Pernambues, bairro mais negro de Salvador, por respeito e dignidade para pessoas LGBT do bairro. Fabrício Comingg que lá no subúrbio no palco do Centro Cultural Plataforma abre as portas para receber a arte dos artistas LGBT, com muito amor e profissionalismo. Paullet Furação, primeira mulher trans a ocupar um cargo no Governo do Estado da Bahia e que de forma incansável leva sua mensagem de luta das penitenciárias as universidades, e tudo começou no bairro Nordeste de Amaralina.
Além de Paullet, o Nordeste de Amaralina também conta com a força de Denny Silva que utiliza as redes sociais para falar de cidadania, respeito e realiza muitos bate-papos nas escolas da região com o intuito de sensibilizar a comunidade da importância da luta contra o preconceito e a toda forma de violência. Saudemos também Rosi Silva Guerreira, do subúrbio de Salvador que movimenta a sua comunidade todos os dias da parada LGBT a ações socais com as crianças carentes da comunidade e ainda falando em crianças não podemos deixar de lembrar a luta de Padre Alfredo, da Instituição Conceição Macedo, para manter mais de 200 crianças com o vírus HIV com muito amor, dignidade e um coração do tamanho do mundo.
E ele não está sozinho nesta luta contra aids na Bahia, temos também Javier Algona, consultor da Unaids na Bahia, que é um homem admirável por seu compromisso em levar a mensagem de prevenção do vírus por meio de diversas ações assertivas e aplaudidas pela sociedade cível e pelos movimentos socais. Já na esfera municipal, Vida Bruno, coordenador do Centro de Referência Municipal, segue sua batalha pela ocupação de espaço, dá suporte e questionar sobre os nossos direitos. Não poderíamos deixar de lembrar do empresario Antônio Maluf com seu camarote há mais de 10 anos recebe a comunidade LGBT com maestria e muito respeito .Para fechar nossas homenagens o batalhador José Jorge Néris, do movimento de parada LGBT da Bahia que percorre os principais bairros da cidade para acompanhar as principais parada LGBTs de Salvador.