Marta foi flagrada mostrando a Lidice uma mensagem em seu celular, recebida de ativistas LGBT, que dizia: “está havendo muitas críticas pelo suplente, que é evangélico e homofóbico.
Na sessão do senado da ultima quarta-feira, 12, o fotógrafo Iano Andrade, do Correio Braziliense, flagrou o momento em que Marta Suplicy (PT-SP) mostrou um e-mail pelo celular à senadora Lídice da Mata (PSB-BA). A mensagem se referia ao vereador paulistano Antônio Carlos Rodrigues (PR), que deve ocupar no Congresso o lugar da ministra, que é a nova ministra da Cultura.
Primeiro suplente de Marta, o vereador foi classificado como “evangélico e homofóbico”, numa tentativa de evitar que ele assumisse a relatoria do projeto que tem como objetivo criminalizar a homofobia no Brasil. Marta era relatora do caso e agora se despede do senado. Segundo Lídice, a mensagem foi encaminhada a Marta por um grupo que defende o direito dos homoafetivos.
A imagem registrada pelo fotógrafo do Correio mostra frases que evidenciam o tema: “Substituir a senadora Marta Suplicy na relatoria do PLC 122”. O e-mail segue com reclamações. “Está havendo muitas críticas pelo suplente, que é evangélico e homofóbico.” Um questionamento no fim da mensagem levanta a possibilidade de Rodrigues não assumir a relatoria. “Podemos fazer isso?”, dizia.
Ao Correio, Marta informou, por meio de sua assessoria, que não iria comentar o assunto e que a ex-senadora recebe muitos e-mails e não tinha como localizar a mensagem em questão. Além do Correio, a fotografia foi tema de matérias do Diário de Pernambuco, Estado de Minas e na coluna de Lauro Jardim na Veja Online.
Casos como este, em que a imagem é a noticia, têm se tornado cada vez mais frequentes. A capa desta semana da Veja SP mostra o vereador da capital paulista, José Ferreira (PT), ampliando em seu tablet a foto de uma garota no Facebook com um vestido decotado. Isso durante sessão da Câmara.
Em maio, o deputado federal Cândido Vaccarezza (PT-SP) foi filmado pelo ‘Jornal do SBT’ enquanto enviava uma mensagem pelo celular ao governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), durante a sessão da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do contraventor Carlinhos Cachoeira. No texto, o petista diz que a relação com o PMDB poderia “azedar” mas que ele e outros deputados eram do político fluminense.Com informações do Correio Braziliense