Teatro

Joelma será apresentado no palco do Vila-Velha neste final de semana

Genilson Coutinho,
28/06/2014 | 07h06

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A história de uma das primeiras transexuais da Bahia e do Brasil, será contada no palco do Teatro Vila Velha, nos dias 27, 28 e 29 de Junho. A encenação sela a parceria do ator Fabio Vidal com o diretor Edson Bastos.  Um projeto do Território Sirius Teatro e da Voo Audiovisual.

 Joelma conta a história da inadequação de uma mulher, nascida no corpo de um homem. Para além dos aspectos sobre sexualidade e gênero, a narrativa também apresenta a trajetória religiosa da personagem, que hoje, aos 69 anos vive numa casa, que é um misto de centro espiritualista e igreja. Outro elemento marcante do espetáculo é o assassinato que estabelece  uma trama “policial” na historia.

Para Vidal, a montagem “traz uma história de afirmação e reinvenção de si, mesmo em frente à preconceitos e injustiças, instaurando respeito e dignidade, por uma postura ética de vida, que Joelma estabelece muito claramente em suas palavras  e comportamento”.

Depois de encarnar a personagem no curta metragem homônimo, dirigido por Bastos no cinema, Vidal traz a história para o teatro, abordando outros assuntos e referências, que não puderam ser aprofundados no filme. Segundo ele , “a encenação traz diálogos, histórias, personagens, questionamentos e informações que redimensionam o caráter mítico, religioso, filosófico e conceitual da obra cinematográfica, estabelecendo outra criação que engloba o cinema – vídeo (a projeção) como um dos elementos constituintes da cena teatral”.

No espetáculo, ambos criadores colocam o desafio de experimentar a construção de uma obra teatral, em casamento com o cinema, numa relação de jogo, que estabelece interdependência, sobreposição e complementaridade. Uma variedade de referências musicais e sonoras povoam a montagem, que transita por divas da MPB de tempos distintos como Gal Costa, Lady Zu e Ângela Maria.

 

Joelma, sexta encenação do Território Sirius Teatro, foi indicada ao prêmio Braskem de Teatro na categoria ator e conta com trilha sonora assinada por Ronei Jorge e Luciano Simas; direção de arte e cenografia de Luís Parras; concepção de luz de Pedro Dultra. Os figurinos são assinados por Maurício Martins e a maquiagem por Marie Thauront.