Jean Wyllys processará Feliciano por divulgação de vídeo

Genilson Coutinho,
21/03/2013 | 08h03

Depois de a bancada do Partido Social Cristão (PSC) pedir explicações ao pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) sobre a divulgação de um vídeo com ataques contra defensores dos direitos dos homossexuais e deputados, foi a vez do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) se manifestar. Ele informou que iria entrar com representação criminal na Justiça na tarde desta quarta-feira (20) contra Feliciano por causa da divulgação do vídeo.

Jean Wyllys afirmou que o vídeo foi divulgado por um assessor de Feliciano e faz parte de uma campanha de difamação contra ele. Também assinam a representação contra Feliciano os deputados petistas Domingos Dutra (MA) e Erica Kokay (DF).

“A divulgação desse vídeo é resultado de um contínuo processo de difamação por meio de uma campanha nojenta em que frases mentirosas são atribuídas a mim e vem sendo compartilhadas pelas pessoas em redes sociais. Elas me associam à pedofilia e a ataques aos cristãos, que são mentiras absurdas”, disse Wyllys, pouco antes do lançamento da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos, na Câmara.

O deputado também informou que vai solicitar investigação da Polícia Federal sobre a origem das frases falsamente atribuídas a ele. “O vídeo a gente tem como provar que tem relação com ele [Feliciano], porque foi postado num canal do Youtube que pertence a um assessor dele, mas a campanha difamatória, não. Se ficar provado que [o vídeo] partiu do pastor ou de qualquer assessor, vou entrar com outra representação criminal”, disse o deputado do PSOL. Wyllys também disse que vai deixar a Comissão de Direitos Humanos da Câmara, caso o deputado Pastor Marco Feliciano permaneça na presidência.

A assessoria do deputado Pastor Marco Feliciano negou, mais uma vez, qualquer ligação do parlamentar com o vídeo postado no Youtube, tanto no que diz respeito à produção quanto à divulgação do material. Segundo a assessoria, Feliciano não promove campanha de difamação contra deputados ou defensores de direitos de minorias e está “muito satisfeito” com a criação da Frente Parlamentar em Defesa dos Direitos Humanos na Câmara. Para o deputado, “quanto mais pessoas lutarem pelos direitos humanos, melhor”. Com informações da Agência Brasil