Sala VIP

Ivete Sangalo brilha absoluta na Sala Vip

Genilson Coutinho,
31/03/2011 | 23h03

Ivete Sangalo é uma cantora, compositora, dançarina e produtora (ufa!) que dispensa apresentações longas. Famosa nacionalmente e tendo recentemente se apresentado no Madison Square Garden em Nova Iorque, ela já vendeu mais de 15 milhões de cópias – entre CDs DVDs. Ainda como vocalista da Banda Eva, vendeu mais de 3 milhões de discos. Já ganhou o Grammy Latino e é recordista do Prêmio Multishow.

Mesmo com toda correria a estrela Pop do Brasil conversou com nossa equipe com exclusividade para seus fãs do Dois Terços e do Brasil.

 

 

Dois Terços: A realização do seu show em comemoração ao aniversário de Salvador foi um grande presente para o povo da Bahia. A emoção vivida por você ontem com aquela multidão gritando seu nome tem explicação?

Ivete Sangalo: Não tem. Eu vou nascer 10 vezes e não vou entender. Agora vou dizer que o que me move a fazer é a expectativa em relação a esse chamado do povo. O povo tem um poder especial sobre mim. Tudo isso me deixa com a vontade de estar mais perto e é indescritível o que a gente sente estando em uma relação dessa. Por mim eu faço da palavra do público as minhas palavras.

 

 

 

DT: Você conquistou ao longo dos últimos anos fama, dinheiro e credibilidade. Tudo que todo artista sonha. Este é o lugar que você sempre sonhou?


IS: Que eu sempre sonhei não. O maior presente que a minha carreira me deu, sem dúvida nenhuma foi credibilidade. Ter um princípio e se comprometer com ele, ser reconhecida dentro de uma seriedade. O êxito, o dinheiro, são também coisas importantes e devo o êxito do meu trabalho com muita gente corroborando a mesma ideia. E o dinheiro é você trabalhar e sobreviver com algo que realmente gosta. O difícil fica fácil. Diferentemente de muitos trabalhos em que, por falta de opção, a pessoa tem que trabalhar com algo que não gosta. Mas não é uma coisa que eu sonhei quando era pequena: eu quero ser famosa, rica e reconhecida. Não, nunca sonhei com isso, mas a vida me levou a isso. Minha vida é maravilhosa.

 

DT: As redes socais estreitaram os laços entre você e seus fãs principalmente no seu período de gestação. Como é administrar essa correria e os milhares de fãs lhe seguindo?

IS: Não se pode pensar nisso como uma estratégia de carreira nem como uma obrigatoriedade. As ferramentas existem para facilitar nossa relação. Nem os fãs esperam de mim uma presença obrigatória nem eu desejo isso para eles. Toda vez que eu entro nas redes de interação eu preciso entrar leve e disponível. E faço isso na medida do possível, mas nos nutrimos mutuamente de carinho, notícias. Mas eu tenho uma relação muito tranquila com os fãs quanto a isso.

 

DT: Algumas cantoras baianas querem se afasta do publico gay por medo do rótulo de cantora gay, além da  perda de patrocínios em seus projetos. O que você pensa sobre isso?

IS: Eu não tenho nem autoridade nem conhecimento de causa para falar sobre a postura de quem quer que seja. Na minha cabeça, no público, existem pessoas que amam o meu trabalho e isso não é determinado por uma opção sexual, religiosa, tamanho, raça, cor. Isso, definitivamente é ignorante. Eu posso falar sobre mim e dizer que as pessoas que amam são bem-vindas, sejam elas gays, estudantes de direito, estrangeiras, altas, magras, baixas. Não interessa. Eu não quero saber. Eu quero saber se há amor. Onde há amor há o melhor e isso independe de opções.

 

DT: Você tem muitos fãs gays nos seus shows e nos  blocos . Como é sua relação com a comunidade gay da Bahia e do Brasil ?

IS:Eu tenho amigos gays, outros que não são gays e isso não determina uma diferença de relacionamento. Se eu tenho que me dedicar mais ou menos, enfim é uma dedicação única para todas as pessoas. Quando existe uma demonstração de amor, uma relação de amor não são necessárias diferenças. O público gay que está no bloco ou está na pipoca ou qualquer lugar ele não é notado por ser um público gay, ele é notado pelo amor que ele traz, sendo gay ou não.

DT: Casamento gay, adoção por casais homossexuais estão na ordem do dia e nas lutas das comunidades LGBT .O que você pensa sobre esses temas?

IS:Eu penso que a felicidade será sempre a chave para todos os problemas da vida da gente. Penso que o mundo está como está porque as pessoas não buscam sua felicidade e nem permitem que os outros sejam felizes. Onde há amor, há tranquilidade, discernimento, compreensão e isso independe de qual é a fonte desse amor, a origem dele. É amor.

Foto: Genilson Coutinho