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‘Ivan’ da vida real, americano transgênero conta como foi ficar grávido e ter um filho

Redação,
30/09/2017 | 15h09

Biff Chaplow brinca com o filho (Foto: Arquivo Pessoal)

G1

Parece a história de Ivan, personagem de Carol Duarte na novela “A Força do Querer”, só que na vida real: o trânsgenero americano Trystan Reese engravidou. Hoje, dois meses depois do parto, curte o filho biológico. Em entrevista ao G1, ele conta como foi a sua experiência de gerar um bebê.

A descoberta da gravidez na ficção se deu no capítulo desta sexta-feira (29). Depois de começar a trama como Ivana, a personagem de Carol Duarte se descobre, aos poucos, um homem transexual — e, depois de alguma resistência da família, assume o nome de Ivan.

Já Trystan, que fez a transição para assumir sua identidade masculina quando ainda estava no ensino médio, parou de tomar testosterona por alguns meses para conseguir engravidar. Aos 34 anos, ele teve uma gravidez tranquila, queixando-se apenas das queimações no estômago.

Quando a barriga começou a aparecer, Trystan se sentia um pouco sem jeito de sair de casa. “Algumas vezes ficava um pouco nervoso em sair em público, porque mais perto do fim [da gravidez] parecia muito obviamente grávido, não só cheinho”, lembra.

Ele e o companheiro, Biff Chaplow, que já têm dois filhos adotados em 2011, decidiram então tornar pública a decisão de ter um filho biológico e chamaram a atenção da imprensa internacional.

O personagem Ivan, de Carol Duarte, na novela ‘A Força do Querer’ (Foto: Estevam Avellar/TV Globo)

Ao contrário das críticas violentas que recebem pela internet, Trystan afirma ter encontrado apoio no seu entorno — diferentemente de Ivan, que enfrentou a resistência da mãe, Joyce (Maria Fernanda Cândido). Em um dos capítulos, Joyce disse ter vergonha do filho.

Carol Duarte contou ter feito laboratório, no qual os atores pesquisam sobre assuntos que vão viver, para interpretar Ivana/Ivan. “Ouvi muitas histórias de homens trans, e em cada um o corpo, a risada nervosa/envergonhada/constrangida/sincera/engraçada, os tempos, os silêncios e as pausas me coNo caso do americano, os amigos dos seus filhos e os pais se mostraram bastante receptivos. “Eles foram muito solidários e ficaram muito felizes, pois sabem que somos pais muito amorosos, gentis e cuidadosos com os nossos filhos mais velhos. As pessoas apareciam aqui com presentes, flores, comida e coisas assim. Foi realmente maravilhoso”, afirma.ntavam até mais que cada palavra”, disse ela ao G1, em maio.

Transgênero e companheiro decidiram ter um filho biológico (Foto: Arquivo Pessoal)

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