Grupos fazem manifestação contra Marco Feliciano em Salvador

Redação,
16/03/2013 | 17h03

Na tarde deste sábado (16), durante segunda manifestação em Salvador, centenas de pessoas se mobilizaram contra a eleição do deputado federal e pastor Marco Feliciano (PSC-SP) à presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, organizada pela militância LGBT e grupos nas redes socais.

A concentração da manifestação aconteceu na praça do Campo Grande, onde as pessoas seguiram com cartazes, carro de som e muito barulho pedindo a saída de Feliciano do poder.

O fundador do Grupo Gay da Bahia, falou no microfone aos participantes sobre a importância da luta para a saída de Feliciano e comentou sobre o telefonema que recebeu do deputado Jean Wyllys (PSOL/RJ), que não pode participar deste ato, por estar em Brasília.

“O deputado Jean Wyllys acabou de nos ligar para parabenizar a nossa manifestação e pede que vocês fiquem atentos a uma campanha maléfica contra mim e contra Jean nas redes sociais. É preciso que fiquemos atentos a todos esses inimigos que surgem todos os dias”, finalizou.


Além de integrantes do movimento, artistas, estudantes, Grupo Olodum, UNegro, Marcha das Vadias, Fórum Baiano LGBT, Coletivo Kiu (UFBA) e o Instituto Adê Diversidade marcaram presença para fortalecer o ato.

Para João Jorge, presidente do Olodum, é uma luta de todos. “É uma luta de negros, gays, mulheres e de todas as minorias, por isso estamos aqui para somar na luta contra esses absurdos. A sociedade não pode se calar”, declarou João.

Neste momento a manifestação segue pela Avenida Sete sentido Praça Castro Alves.


Essa mobilização também aconteceu em 24 cidades do Brasil, unidas pelo intuito da saída do deputado Marco Feliciano da CDH. A manifestação tem ganhado força nas principais cidades lideradas por grupos de movimentos socais e principalmente nas redes socais.

Feliciano vem sendo alvo de protestos desde que foi indicado para presidir a Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Uma das principais reivindicações dos movimentos que são contra a sua eleição, são por conta de declarações polêmicas sobre homossexuais e sobre o continente africano, publicadas em sua conta no Twitter, em 2011.

À época, o deputado postou frases como: “Sobre o continente africano repousa a maldição do paganismo, ocultismo, misérias, doenças oriundas de lá: ebola, aids, fome… Etc”. Ele também disse no Twitter que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição”.

Fotos: Genilson Coutinho/Dois Terços