GGB quer Minha Casa Minha Vida para homossexuais

Genilson Coutinho,
27/04/2011 | 16h04

O fundador do Grupo Gay da Bahia (GGB), Luiz Mott, participou na tarde de hoje de uma Audiência Pública promovida pela Comissão da Igualdade da Assembléia Legislativa da Bahia que teve como tema o combate a homofobia no Estado da Bahia. A iniciativa promovida pelo mandado do deputado Bira Corôa (PT) que também é presidente da Comissão buscou ouvir relatos além dos de Mott a vereadora de Coração de Maria, Edilene Paim (PT), representando a LBL (Liga Brasileira de Lésbicas); Oséias Cerqueira, representando o Gapa Bahia (Grupo de Apoio a Prevenção a AIDS da Bahia) e a Rede Nacional de Jovens Vivendo com HIV/Aids; professora Sueli Messeder, do Núcleo de Gênero e Sexualidade (Nugsex Diadorim) da Uneb.
Mott fez um relato da situação de vulnerabilidade dos homossexuais na Bahia, disse que o GGB está realizado “O Diário da Homofobia na Bahia,” um instrumento de registros dos casos de homofobia e defendeu que o Programa Minha Casa Minha Vida inclua o critério da homossexualidade como medida compensatória em contraponto a desigualdade e homofobia que joga gays, lésbicas e travestis de baixa renda na marginalidade. “A homossexualidade deve ser um critério de avaliação para receber o beneficio” disse indicando que gays são postos pra fora da casa de seus familiares e muitos tem dificuldade de conseguir emprego e acabam na marginalidade.
O GGB procurou ouvir o deputado Bira Corôa no indicativo de que a Comissão possa fazer os encaminhamentos necessários aos governos. O Programa Minha Casa Minha Vida é do Governo Federal e sua avaliação é feita pela Caixa Econômica Federal, mas na opinião do deputado os Estados e Municípios podem ser sensíveis a esta inclusão e encontrar mecanismos de acolher os grupos considerados marginalizados pela sociedade. “Agente sabe que os homossexuais são marginalizados no mercado de trabalho, no convívio social, na família e por isso é uma categoria que deve ser incluída nos programas sociais dos governos”, disse o deputado.
Os critérios nacionais do Programa no site do Ministério das Cidades estabelecem como prioridade para seleção famílias em áreas de risco e mulheres chefes de família terão prioridade. As famílias que moram em áreas de risco ou que possuem mulheres chefes de família serão priorizadas na modalidade do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) que atende a famílias com renda de até R$ 1.395.
Para os homossexuais o risco é a vulnerabilidade social e cultural que eles sofrem no cotidiano das cidades. São vitimas de intolerância e desigualdades que levam ao extermínio da pessoa humana. (MC)

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