Gay vota em Gay? Por Genilson coutinho

Genilson Coutinho,
07/10/2012 | 11h10

A corrida por uma vaga no legislativo municipal foi iniciada em 6 de Julho com a liberação das campanhas eleitorais para as eleições de 2012, que chega ao fim neste domingo (7) pelo menos para os candidatos a vereadores, visto que para prefeito há uma sinalização de segundo turno em Salvador. Na disputa, velhos e novos candidatos tentam conquistar timidamente o voto da população.

E, esse voto será muito disputado principalmente no seguimento LGBT, que neste ano, chega com força total para ocupar mais de uma cadeira na Câmara dos Vereadores, dentre os candidatos têm-se atores transformista, líder comunitário, professores e estudante, todos criados na militância LGBT de Salvador, Região Metropolitana e interior da Bahia, e todos com desejo de lutar pelos direitos dos gays em pé de igualdade. Além dos novos rostos que chegam para a briga, veremos velhos conhecidos que militam pela causa na câmara, a exemplo das vereadoras Vânia Galvão, Marta Rodrigues e a transexual Leo Kret do Brasil que tentam a reeleição, em 2012.
Toda essa movimentação também vem acontecendo no interior da Bahia, graças a organização do movimento gay para lançar pelo menos um candidato LGBT em diversos municípios fortalecendo a base política. Além desse crescimento que é muito importante para história política dos movimentos sociais, se faz necessário pensar com muita responsabilidade na hora de escolher para quem vai seu voto, pois é fundamental que saibamos quem está por trás destes candidatos, para eles não sirvam somente como massas de manobras dos coronéis da política baiana, e não nos decepcione no futuro.
Outra dúvida que pode ser esclarecida nessa eleição é se gay vota em gay para legislar em prol da causa, através de políticas e ações que visem beneficiar a classe, ainda com o dedo na ferida tem uma grande interrogação no que tange mais quatro anos para Leo Kret do Brasil (PR) será que ela conseguirá a reeleição? Terá Leo kret o voto da comunidade gay, visto que a vereadora não foi eleita para o primeiro mandato com o voto colorido, mas sim com o apoio da comunidade do pagode e de Pernambués. Sem grandes projetos, conforme consta no seu site oficial, em prol da comunidade LGBT em seu mandado, lá constra apenas informações da participação da vereadora em algumas manifestações e eventos da cena gay da cidade. Isso dificulta ainda mais a conquista da comunidade gay, que em 2012, traz na lista Alex Emanoel da Silva (PSOL), Barbie (PSOL), Dion Santiago (PR), Fabety Boca de Motor (PSC), Hilda Furacão (PV), Porreta da Mata Escura (PMDB) e a militante lésbica única representa da classe feminina Vida Bruno (PT) prontos para correr rumo a uma vaga na Câmara.

Acompanhe também o Dois Terços pelo Twitter
Curta a página do Dois Terços no Facebook