Comportamento

FGV Direito Rio promove ações de conscientização em comunhão aos valores LGBTQIA+

Genilson Coutinho,
22/06/2021 | 22h06

Engajada no combate ao preconceito e à intolerância, a Escola de Direito do Rio de Janeiro da Fundação Getulio Vargas (FGV Direito Rio), por meio do Programa Diversidade, promove ações de conscientização, como, por exemplo, debates sobre transgeneridade e transfeminismo. Temas tão atuais para a comunidade LGBTQIA+, que neste mês de junho comemora o Orgulho LGBTQIA+.

O Programa Diversidade, criado em 2018, consiste em uma iniciativa para promoção do debate sobre a Diversidade, Equidade e Inclusão no ambiente profissional e acadêmico da instituição, buscando também contribuir para o avanço dessas pautas na sociedade. A partir de mapeamentos, ações e políticas de conscientização, o programa pretende promover conhecimento, inovação e transformação social. E, assim, gerar um ambiente mais plural, igualitário e inclusivo, contribuindo para o fortalecimento da democracia e o desenvolvimento do país.

“A fim de concretizar o papel do Programa de promover um ambiente no qual valores como respeito, inclusão, igualdade, solidariedade, justiça e liberdade sejam colocados em primeiro lugar, realizamos diversas ações voltadas para o público interno da instituição. Nesse sentido, o objetivo do Programa é tornar a FGV Direito Rio um laboratório de experiência sobre igualdade, diversidade e inclusão, ativo no combate ao preconceito e à intolerância”, explica a coordenadora do Programa Diversidade da FGV Direito Rio.

Mês do Orgulho LGBTQIA+

A data de comemoração do Orgulho LGBTQIA+ refere-se à Revolta de Stonewall na cidade de Nova York (EUA). No país, nas décadas de 1950 e 1970, pessoas LGBTIA+ eram perseguidas e criminalizadas por um ordenamento jurídico “anti-homossexual”. O comércio em geral se recusava a atender pessoas dessa comunidade, mas o bar Stonewall Inn era um conhecido ponto de encontro. Batidas policiais em bares “gays” eram rotinas. A polícia multava e prendia aqueles que desviavam dos padrões de gênero normativos, como mulheres usando calças e sapatos e homens gays considerados “afeminados”.

Depois de um intenso mês de repressão, em 28 de junho de 1969, a polícia tentou invadir o Stonewall Inn. Cansados da violência policial, um grupo liderado por mulheres trans negras resistiu à ação, culminando em uma verdadeira batalha nas ruas de NYC. A resistência inspirou coragem, transformando-se em um verdadeiro levante. Um ano depois, as primeiras “Marcha da Libertação” aconteceram em várias cidades pelo país. Hoje, tornou-se Parada do Orgulho LGBTIA+.

“A palavra orgulho é usada como um antônimo de vergonha, sendo empregada para se opor à opressão histórica que sofre a comunidade LGBTIA+”, esclarece a coordenadora do Programa Diversidade da FGV Direito Rio.

Ligia Fabris

Coordenadora do Programa Diversidade e professora da FGV Direito Rio. Pesquisadora associada do grupo de pesquisa “Global Contestations of Women’s and Gender Rights” do Zentrum für interdisziplinäre Forschung (ZiF) da Universidade de Bielefeld, Alemanha. Doutoranda na Humboldt Universität zu Berlin sobre direitos de pessoas trans no Brasil e na Alemanha. Mestre e bacharel em Direito pela PUC-RJ.