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Eleições 2016: confira o desempenho das candidaturas LBGT e aliados

Genilson Coutinho,
04/10/2016 | 16h10

As eleições municipais de 2016 foram de grande visibilidade e representatividade para as questões LGBT, segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (AGBLT). E não foi só nos grandes centros urbanos que isso aconteceu, nas cidades de médio e pequeno porte candidatos e candidatas LGBTs também apareceram com destaque.

Ao todo foram 377 candidatos espalhados por 145 municípios. Destes, 26 elegeram-se. Alguns destaques foram o candidato eleito prefeito pelo PHS em Itapecerica-MG. Candidatos autodeclarados LGBTs também foram eleitos em Campo Grande-MS, Cruz Alta-RS, Florianópolis-SC, Palmares-PE, Patos de Minas-MG, Pimenta Bueno-RO, Rio de Janeiro-RJ,  São Joaquim da Barra-SP, São Paulo-SP e Uberlândia-MG.

A ABGLT vem realizando o levantamento de candidaturas LGBTs desde 1996. Naquele ano, o número de candidatos(as) assumidos(as) não passava de 10 em todo o país. Em 2016, 20 anos mais tarde, houve pelo menos 279 candidaturas LGBT, representando um aumento de 2790%.

Na maioria dos casos, as questões LGBT foram tratadas com respeito e não foram utilizadas para prejudicar os candidatos(as) durante as campanhas. Uma exceção notável foi a fala do prefeito eleito da cidade de Cascavel, no Paraná. Paranhos, do PSC, foi infeliz ao afirmar no último debate antes das eleições que “gays tinham que ficar longe de crianças e longe dos shoppings”. O prefeito eleito de Itapecerica-MG também teve sua casa pichada com frases homofóbicas durante a campanha.

A maioria dos LGBTs eleitos foi de partidos de esquerda, embora tenha se notado uma tendência nacional de movimento para o centro.