Edith Windsor, ativista de direitos LGBT, morre aos 88 anos
*Do O Globo
A ativista de direitos LGBT Edith Windsor, responsável pela ação que levou a Suprema Corte dos Estados Unidos a reconhecer pela primeira vez a legalidade de casamentos do mesmo sexo, morreu nesta terça-feira, em Nova York, aos 88 anos.
Sua esposa, Judith Kasen-Windsor, confirmou a morte ao “The New York Times”, mas não especificou a causa do falecimento.
Windsor teve que pagar US$ 360 mil em impostos quando sua mulher, Thea Clara Spyer, morreu, em 2009. O valor foi cobrado pois a Lei Federal de Defesa do Casamento discriminava o gênero para a formação do matrimônio, excluindo-a das isenções de herança. A ativista, então, entrou com uma ação para ser ressarcida do valor gasto.
A Suprema Corte aceitou o argumento e considerou inconstitucional a lei. A decisão estendeu benefícios federais a casais do mesmo sexo, mas não alterou as leis estaduais. Em 2015 outra decisão do tribunal legalizou o casamento gay em todo o país.
Os ex-presidentes dos Estados Unidos Barack Obama e Bill Clinton lamentaram a morte de Windsor. “Tive a oportunidade de conversar com Edie há poucos dias, e dize mais uma vez para ela a diferença que ela fez para esse país que amamos”, afirmou Obama, em comunidado.
“Ao defender ela mesma, Edir também defendeu milhões de americanos e seus direitos. Que ela descanse em paz”, escreveu Clinton, em sua conta no Twitter.
Clinton foi o responsável foi sancionar a Lei do Casamento quando era presidente, em 1996, mas voltou atrás na época do julgamento e manifestou seu apoio à revogação dela.