Drag queen é barrada em shopping de São Paulo

Genilson Coutinho,
18/07/2011 | 11h07

A noite do último sábado (16) foi de constrangimento e falta de bom senso por parte dos seguranças do shopping Frei Caneca, em São Paulo, ponto  de encontro da turma gay de Sampa. A colunista do site  gay Acapa, Cindy Butterfly, foi abordada pelo segurança pelo fato da mesma está vestida de Mulher Maravilha a caminho da cobertura de um evento de moda no próprio shopping.

No meio da confusão, Cindy conta que após afirmar que era da imprensa o comportamento deles mudaram na hora. Revoltada com a situação, ela gravou um vídeo contando o ocorrido e disponibilizou no You tube como sinal de alerta e de protesto diante da atitude do shopping.

Confira o relato do caso e não deixe de ver no final o vídeo.

Leia abaixo o que Cindy escreveu sobre o ocorrido. O Blogay entrou em contato com a administração e a assessoria do shopping para obter alguma declaração do estabelecimento e foi informado que só na segunda-feira, 18, em horário comercial, eles poderiam dar alguma posição sobre o ocorrido.

Sábado, dia 16 de julho, fui cobrir um evento de moda no Salão de Convenções do Shopping Frei Caneca (inclusive, patrocinado pelo próprio shopping).

Numa grande homenagem às mulheres, me vesti de Mulher Maravilha e fui fazer o meu trabalho. Entrando no shopping, já no piso da praça de alimentação, um segurança me abordou e disse que eu não poderia ficar no shopping com aqueles trajes.

Indignada, pois estava fazendo meu trabalho (e não tenho culpa que o Salão de Convenções é dentro do referido shopping, o mesmo que já criou polêmica por conta de beijo gay e segurança na porta dos banheiros masculinos), questionei o porquê. Ele simplesmente disse que eram normas do estabelecimento. O curioso  foi que bastou eu falar que era repórter e estava fazendo uma matéria que tudo mudou. Ainda assim, eles ficaram nos seguindo (eu e meu câmera) como se fossemos, sei lá, bandidos???

Resolvi gravar este vídeo, já em casa, pois achei a atitude um verdadeiro absurdo e me sinto na obrigação de falar o que aconteceu, afinal, aquele shopping sobrevive do aqué [ significa dinheiro , no pajubá] das gays que o frequentam.
Veja o vídeo aqui