Das palavras aos gestos… por Ricardo Desidério

Redação,
21/05/2013 | 10h05


Uma das maneiras mais intensas e fundamentais que os casais têm de se relacionar é a comunicação verbal ou “teoria do diálogo” como costumo denominar. Falar, escutar o outro, perguntar e elucidar abertamente as fantasias, os desejos, às angústias de cada um, sem preconceitos, não só enriquecerá o relacionamento como os tornarão mais íntimos e confiantes.
E partindo desta “teoria do diálogo” surge à comunicação sexual que se apóia tanto nas palavras como nos gestos e é daí que advém a sua riqueza e variedade para quaisquer relacionamentos. Afinal, a sexualidade precisa ser vivenciada por todos nós.
Pode parecer simples tocar, roçar e apalpar a pele, mas estes gestos são uma das mais refinadas artes do amor. Praticamente todo nosso corpo é sensível, de uma forma ou de outra ao calor do outro corpo, e saber emitir com as carícias todo desejo que se sente é entrar num universo de sexualidade que, uma vez descoberto, é irreversível pelo prazer que nos provoca.
Sobretudo não se utilizam apenas as mãos, o toque, as carícias podem ser realizadas com todas aquelas partes do corpo que entram em contato com a pele do parceiro: os pés, os cotovelos, os joelhos e os próprios genitais. Todas essas partes de nossos corpos registram de modo diferente a sensação que despertam em que as dá, bem como aquele que as recebe.
Entre as carícias, os jogos sexuais ocupam um lugar especialmente excitante em qualquer relacionamento: por um lado é preciso deixar rolar a criatividade, evitando as repetições, pois poderá tornar o momento monótono, ou para certas ocasiões é preciso perceber como se deseja o toque, pois o nosso corpo fala e diz claramente que é aí que sente maior ou menor prazer e que é nesse ou em outra parte do corpo que deseja ser tocado de maneira mais leve ou profunda.
Com certeza, aprender a descobrir as sensações do companheiro é o princípio de um prazer infinito onde os corpos entrelaçados se unem para transparecerem desejos. Afinal, como magnificamente escreveu Fernando Pessoa “O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis!”. Então, faça também de seus momentos inesquecíveis e inexplicáveis. Você perceberá o quanto valerá a pena estar ao lado de uma pessoa incomparável.
Por
Ricardo Desidério
Sexólogo, Londrina-PR
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