Caixa Cultural Salvador apresenta Mostra Adinkra de Cinema Afro Amazônico
A CAIXA Cultural Salvador apresenta, de 19 a 21 de dezembro, a Mostra Adinkra de Cinema Afro Amazônico. Pela primeira vez na Bahia, a curadoria reúne 13 filmes, de 5 estados da região amazônica, abordando ancestralidade, feminino, luta e imaginário na confluência África- Amazônia, dirigidos por cineastas da região. Com exibição gratuita e classificação indicativa livre, os ingressos podem ser adquiridos no site da CAIXA Cultural.
A Mostra traz em seu conceito a simbologia dos Adinkras, sistema de escrita pictográfica criado pelo povo Akan, localizado no Oeste da África. Os símbolos preservam e transmitem valores fundamentais ligados à cultura africana e inspiraram a curadoria para definir a temática de cada uma das quatro sessões de filmes: Sankofa (buscar o passado para construir o futuro), Ananse (criatividade e sabedoria), Duafe (beleza e cuidado) e Aya (resistência e desenvoltura). São filmes do Pará, Roraima, Maranhão, Amapá e Amazonas.
O público poderá conhecer a proposta da mostra e descobrir mais sobre as influências africanas na Amazônia, através da Direção de Arte de Bianca Alves. O evento conta ainda com o espaço Mate Masie – que pode ser traduzido como “eu guardo aquilo que ouço”, onde haverá sessões de conversas temáticas que acontecerão logo após a exibição dos filmes. A abertura acontece no dia 19 de dezembro.
A Mostra nasceu em Belém do Pará em outubro de 2023 e começa a circular pelo Brasil, iniciando em Salvador (BA). “É muito emocionante trazer nossa programação para uma cidade com representatividade negra tão forte, em sua população e também dentro do setor cultural. Começar nossa circulação em Salvador é como pedir benção para continuar nosso trabalho de valorização do cinema negro e ligação com a África”, destaca o cineasta Rafael Ferreira, curador da Mostra.
No dia 19, ao final da sessão acontece o bate-papo com o ganês Selasi Koblah Ayivi sobre a cultura Akane os Adinkras, no dia 20, a cineasta Lu Peixe aborda sobre o audiovisual e a preservação da Amazônia, e no dia 21, o bate-papo será com os realizadores da Mostra Adinkra de Cinema, Rafael Nzinga e Lu Peixe falam sobre a curadoria do projeto.
Serviço:
[Cinema] Mostra Adinkra de Cinema Afro Amazônico
Local: CAIXA Cultural Salvador – Rua Carlos Gomes, 57, Centro
Datas: 19 a 21 de dezembro de 2023 (terça-feira a quinta-feira) a partir das 19h.
Classificação indicativa: livre
Ingressos: Gratuitos no site da CAIXA Cultural a partir das 12h do dia 18 de dezembro
Informações: (71) 3421-4200| CAIXA Cultural | @CaixaCulturalSalvador
Acesso para pessoas com deficiência Patrocínio: CAIXA e Governo Federal
SOBRE RAFAEL FERREIRA
Diretor da produtora Cine Diáspora, localizada em Belém do Pará, conselheiro da APAN (associação de profissionais negres do audiovisual) e gerente de licenciamento e suporte na streaming TODESPLAY. 14 anos de atuação no audiovisual, participando de sete filmes curta-metragem e um longa-metragem. Premiado na UNESCO em 2018 com o documentário Tambores Afro-Uruguaios.Coordenador dos festivais, Cinerada (quatro edições), TV Caiçara (quatro edições) e Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus (três edições).Oficineiro credenciado na Secult/PA, com foco em produção executiva, roteiro e distribuição de filmes, parecerista nos editais da FCP e Rio Filmes, colaborador na regulamentação da Lei do Audiovisual do Pará.
SOBRE LU PEIXE
Lu Peixe é realizadora audiovisual, pesquisadora e arte-educadora. Mestre em Arte, pelo Programa de Pós-Graduação em Arte, pesquisa poéticas de artistas negres na Amazônia. Possu iformação em cinema na Escola Livre de Cinema de Belo Horizonte e é Bacharel e Licenciada em Artes Visuais pela Universidade Federal do Pará. Coordena o Festival de Cinema Negro Zélia Amador de Deus e a produtora Cine Diáspora. Recebeu o prêmio de Melhor Direção de Fotografia no Festival de Cinema Olhar do Norte, 2022, com o filme Meus Santos Saúdam teus Santos, de Rodrigo Antônio. Recebeu o Prêmio Prêmio Experimentação, Pesquisa e Difusão Artística Vicente Sales, 2021, da Fundação Cultural do Para em 2021.